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Do chão ao teto

As coberturas dos ambientes podem - e devem - ganhar elementos decorativos especiais, com texturas, cores e materiais diversos

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 13/10/2019 04:18
Além de dar mais unidade ao ambiente, o forro em madeira 100% de reflorestamento melhora a acústica do local. O projeto é da arquiteta Silvana Albuquerque e da designer Luisa Albuquerque.

Foi-se o tempo em que se dava pouca atenção aos tetos dos ambientes residenciais. O designer de interiores Wilker Medeiros, do Escritório Studio 2, estima que há cerca de dois anos se tornou tendência colocar elementos decorativos neles também. ;Já não se coloca elementos só no campo visual. Hoje, tudo faz parte: chão, teto. A ideia é surpreender à medida que se entra no local;, explica.



Para a CasaCor Brasília deste ano, Wilker e o sócio, o arquiteto Alex Claver, fizeram uma sala de banho com teto em bambu. A ideia foi criar uma atmosfera mais aconchegante, diferentemente dos banheiros tradicionais. ;O cômodo costuma ser todo de mármore, bem frio. Queríamos que passasse o sentimento de aconchego, tanto que temos também poltronas, e o bambu esquenta e transmite isso;, descreve o designer. Pensando na sustentabilidade, a dupla usou as varetas originais do bambu. Dessa forma, finalizada a mostra, elas podem ser destinadas a outro uso.

Para quem não quer trabalhar com revestimentos, outra opção é pintar o teto da mesma cor da parede. Foi isso que as profissionais Tainá Moi e Juliane Vargas fizeram no pequeno apartamento criado para uma mulher solteira e independente. Mas não só. Foi adicionada à tinta uma mistura de areia reciclada de entulho de obras, para dar textura e ainda trazer a sustentabilidade para o projeto.



Integração

Com o teto cinza, combinando com a parede, e revestimento em madeira, igual ao do chão, a arquiteta Silvana Albuquerque e a designer Luísa Albuquerque misturaram funcionalidade e estética. ;O cimento queimado se integrou à pintura da parede, porque eu queria o mínimo de informação. E eu podia continuar pintando, mas queria realçar a inclinação que havia e ainda melhorar a acústica do ambiente;, detalha Silvana.



A arquiteta explica que a parede de uma cor, o teto de outra (mesmo que branco) e um revestimento de madeira seriam um exagero e dariam a impressão de que o ambiente é menor, que está recortado. ;Com mais integração, temos a sensação psicológica de que o lugar é maior;, explica.


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