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Um dia de paz no Jardim Botânico de Brasília

Vou levar para sempre em meu cantinho especial das melhores memórias desta vida as imagens da bandeira da Embaixada da Paz tremulando sob o lindo céu de Brasília, na última quarta-feira, no Jardim Botânico. Um encontro cuidadosamente preparado para elevar os níveis de esperança na cidade e homenagear duas figuras simbólicas na construção de cultura de paz em nosso país.

O general Villas Bôas, que, ao longo de sua gestão, aliou a serenidade característica de sua personalidade à firmeza na ênfase do papel do Exército, definido na Constituição, especialmente nos momentos de instabilidade política e social. O papel apaziguador do comandante em meio às crises foi alvo de observações positivas por parte de autoridades de todos os níveis e veículos de imprensa do Brasil e do exterior.

No campo operacional, mesmo diante das restrições orçamentárias impostas pelo contexto econômico desfavorável, o general Villas Bôas conduziu o Exército no cumprimento de suas missões. Os projetos estratégicos continuam em andamento, a Força Terrestre concluiu com êxito a participação na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti e contribuiu para a manutenção da segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.

Ao ser acionado, o Exército auxiliou a população em Operações de Garantia da Lei e da Ordem em estados como o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, restabelecendo a paz social. Assumiu papel de destaque na Operação Acolhida, ainda em vigor no estado de Roraima, contribuindo para amenizar a crise humanitária na fronteira com a Venezuela, entre tantos outros feitos memoráveis.

Vera Zanetti também foi homenageada. Oficial do Programa Sênior da União Internacional de Telecomunicações (UIT), ela dedicou 27 anos de trabalho dentro da UIT e foi uma das primeiras funcionárias desde a abertura do escritório no Brasil, em 1992.

Implantou projetos no Brasil que transformaram o setor de telecomunicações brasileiro desde sua privatização até os dias atuais; coordenou atividades de capacitação e formação de quase 3 mil indígenas na região das Américas, permitindo que eles possam usar as tecnologias da informação e comunicação para o desenvolvimento de suas comunidades; criou o evento anual Américas Acessível, para que os países pudessem compartilhar boas práticas em acessibilidade das tecnologias de informação e comunicação, junto ao qual foi lançado um concurso anual de acessibilidade, em parceria com a Samsung.

O Américas Acessível caminha para a sua sexta edição graças à dedicação de Vera para melhorar a vida das pessoas com deficiência. Ela sempre apoiou as atividades de empoderamento feminino, e sua contribuição foi fundamental para a criação do TIC TAC, workshop em tecnologia beneficiando meninas de escolas públicas do DF. Mãe, avó, profissional, amiga, colega e defensora de tudo o que é justo e correto. Zelo e amor pelo trabalho definem os seus anos dedicados ao trabalho dentro da UIT!

Durante o hasteamento, a Orquestra Reciclando Sons, formada por jovens músicos vindos da região da Estrutural, conduzidos pela maestra e idealizadora da orquestra, Rejane Pacheco, tocou o Hino Nacional e uma belíssima música que compuseram em minha homenagem.

O público foi um espetáculo à parte, e é sobre isso que vou escrever no domingo que vem... Absolutamente inesquecíavel!