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Comemos em maior quantidade com a família ou amigos do que sozinhos

Estudo recém-publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition mostra um fenômeno de %u201Cfacilitação social%u201D quando fazemos uma refeição com parentes ou amigos. Em outras palavras, comemos mais quando estamos acompanhados por pessoas conhecidas.

*Por Dr. Ricardo Teixeira
postado em 14/10/2019 18:20
Estudo recém-publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition mostra um fenômeno de %u201Cfacilitação social%u201D quando fazemos uma refeição com parentes ou amigos. Em outras palavras, comemos mais quando estamos acompanhados por pessoas conhecidas.
Um estudo recém-publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition por pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, avaliou o conjunto de 42 pesquisas que investigaram o efeito social da ingesta durante uma refeição. Os resultados nos mostram um fenômeno de ;facilitação social; quando fazemos uma refeição com parentes ou amigos. Em outras palavras, comemos mais quando estamos acompanhados por pessoas conhecidas.
Esse efeito é visto como um comportamento ancestral de caçadores/coletores em que a refeição compartilhada é um momento de se proteger para um futuro próximo de insegurança alimentar. Além disso, a refeição compartilhada é mais prazerosa e, ao oferecer alimento para o seu grupo, ligações sociais são reforçadas. Uma má divisão do alimento pode levar ao ostracismo aquele que come mais. Dessa forma, com o instinto de modular as alianças entre as pessoas do grupo, os que comem menos acabam tendo uma maior ingesta quando em companhia dos seus pares.
A facilitação social não ocorre quando comemos com pessoas que temos pouca intimidade, pois queremos passar uma boa impressão para os estranhos. Isso é particularmente pronunciado entre mulheres que querem passar uma boa imagem para o homem e entre mulheres obesas que não querem ser taxadas de comilonas por desconhecidos ou quase desconhecidos.

*Dr. Ricardo Teixeira é neurologista e Diretor Clínico do Instituto do Cérebro de Brasília

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