Revista

Streetwear com influência artística

postado em 01/12/2019 04:19
[FOTO1]
Um estudante de música responsável pelos figurinos dos concertos de ópera que se apaixonou por confecção e passou a brincar de fazer as próprias jaquetas e camisetas. Foi assim que o jovem Bernardo Rostand, 25 anos, ingressou no mundo da moda e, em 2017, resolveu fazer sua primeira coleção, depois de tantos pedidos. ;As pessoas começaram a gostar das peças que fazia para mim, então resolvi começar a produzir.;

Nessa coleção experimental, era ele o responsável por todos os processos de corte, costuras e bordados. Dois anos depois, o time da marca Rostand cresceu devido à popularidade e à demanda e Bernardo conta com um responsável pela administração, uma costureira exclusiva e eventuais colaboradores do DF com maquinários específicos para algum acabamento da roupa.

O crescimento acelerado da marca se deve aos esforços empregados desde as primeiras peças e ao novo conceito que traz a Brasília de streetwear com qualidade técnica e aparência de alta moda. ;Minha ideia sempre foi fazer roupa-arte, roupa exclusiva e peças únicas. Em uma coleção, tem peças que são vendidas nas lojas, tem as de encomenda e as desenvolvidas exclusivamente no ateliê.;

As três frentes escolhidas para trabalhar apresentam diferenças de valor e público, apesar de manterem o rigor de confecção. As primeiras grandes vendas foram para clientes de São Paulo e do exterior. Porém, após os vestuários da Rostand passarem a serem vendidos na loja multimarca Q.U.A.D.R.A., os clientes candangos também se aproximaram do conceito. Segundo Bernardo, muitos consumidores das peças únicas chegaram ao ateliê a partir da loja.

Arte no DNA

Como não poderia ser diferente para um amante de arte, as principais inspirações do estilista estão ligadas à teatralidade, à pintura e à fotografia. O DNA da coleção By the Pool Side está nas fotografias de Helmuth Newton e no luxo dos anos 1980. Por sugerir uma festa na piscina, a coleção traz referências às texturas da água e ao movimento dela ao redor do corpo.

;O sonho dourado da marca é ser o relativo à alta-costura francesa no Brasil. Não me limito a Brasília, mas meu ateliê e minha base sempre serão aqui;, assegura Bernardo Rostand, que, recentemente, foi responsável por vestir nomes da música como IZA e o DJ Alok.

Trabalho de collabs

O stylist Marcus Barozzi acumula diversas experiências de construção em colaboração, já que foi responsável por várias coleções de lojas de Brasília. Para ele, cada trabalho é único e exige a compreensão da marca. ;Eu adoro, acho desafiador, é um respiro novo sobre uma label que já tem um DNA e um público. Não podemos esquecer que ela já está ali! Mas óbvio que também quero gerar o desejo e atrair novos consumidores que não fariam um link direto com a marca.;

As colaborações tornam-se constantes uma vez que o profissional vira referência no meio. Uma parceria tem o poder de levar a outra nessa nova tendência do mercado de moda. Em sua recente parceria com a Avanzzo para criar uma linha de camisetas verdadeiramente brasilienses, Marcus abusou das cores do espaço e entregou um produto que encantou a marca. ;Acho que as cores de Brasília são as mais incríveis e vibrantes! O céu, a terra vermelha, os splashes de rosa, roxo, amarelo e branco dos ipês, o pôr do sol alucinante e o povo que tem as cores e misturas do mundo inteiro;, avalia Barozzi.


Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação