Revista

Sem controle

Ainda envolta em mistérios, a síndrome de Tourette está associada tanto a problemas neurológicos quanto psicológicos. Os tiques involuntários podem ser um grande problema para a vida do paciente

postado em 08/12/2019 04:19
Piscar de olhos, emitir sons ou fazer movimentos involuntários, os chamados tiques nervosos, fazem parte, geralmente, de uma síndrome rara: a síndrome de Tourette. Em casos mais graves, chega a causar constrangimentos ; o paciente pode falar palavrões em contextos inapropriados, por exemplo, e não ter controle sobre isso. Embora, em geral, comece ainda na infância, é comum, em crianças, tiques que não duram até a vida adulta.

De acordo com o psiquiatra Mario Louzã, trata-se de uma síndrome que está entre a psiquiatria e a neurologia. Isso porque, enquanto o tique é uma resposta a um comando neuronal vindo do cérebro, a síndrome pode estar associada a outros sintomas, mais ligados à psiquiatria, como a impulsividade.

Além disso, o médico explica: ;Ao mesmo tempo em que o sistema motor se mexe de forma involuntária, a síndrome está também ligada à psiquiatria porque pode estar associada a outras doenças psiquiátricas, como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC);.

Em situações de estresse, os tiques ainda podem se exarcebar. O alívio dos sintomas pode ser feito tanto com antipsicóticos quanto com terapia e atividades para aliviar o estresse, como meditação.

A primeira vez que a síndrome de Tourette foi descrita na medicina foi em 1883, pelo francês Gillespita de la Tourette, a partir do caso da marquesa de Dampierre. Ela era conhecida por sua inteligência, mas também por falar palavrões, latir e falar obscenidades. A partir de então, essa virou a principal característica da síndrome.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação