Correio Braziliense
postado em 12/01/2020 04:09
O casal Márcio Carlos Braga Antão, analista de segurança da informação, e Marcela Trajano, bióloga, são apaixonados por cachorros. Tem três: um da raça border collie, o Nitro, e dois da raça bulldog francês, a Gaia e a Zoe.
Moram em casa, onde os três têm cerca de 100m² para correr. Os donos ainda brincam muito com eles. Mesmo assim, quando o casal faz caminhadas e corridas levam Nitro junto, para gastar energia. As fêmeas só aguentam passeios mais leves, por conta da respiração, mas não ficam de lado. Os três sempre com coleira e guia.
Eles são obedientes, mas brincalhões e, às vezes, pulam nas pessoas, o que pode assustar. “A gente não sabe como as pessoas vão reagir. Não nos machucam, os conhecemos, mas uma criança pequena, como vai reagir? Uma mãe que vê isso, como vai reagir?”, explica Márcio.
Além disso, ainda há o risco de brigas com outros cães. “Se um outro cachorro vier para atacar, eu não vou ter controle”, comenta. Ele também se preocupa com o risco de atropelamento, já que as fêmeas são afoitas: “Não confiamos em deixá-las soltas perto de trânsito”.
Mesmo tomando bastante cuidado e tendo consciência dos riscos, tanto para os pets e para os outros, o casal já passou por um susto. Um dos cães se soltou da coleira ao ver um gato, correu atrás dele e caiu da altura de um andar. Por sorte, ele ficou bem, mas foi mais um motivo para eles redobrarem as atenções.
A adestradora Carol Ferrare, da empresa Dog Division, recomenda que se solte os cachorros apenas se não forem reativos nem com pessoas nem com outros cães e que tenham um recall 100% seguro. “Ou seja, que atenda todas as vezes que o tutor chamar. Muita gente solta cachorro reativo e cachorro que não atende, o que acaba causando acidentes muitas vezes sérios”, afirma.
Locais adequados
A descrição bate com a de Nina, a pet sem raça definida de Vanessa Nóbrega, 32, fonoaudióloga. Como moram em apartamento, Vanessa acha importante que Nina tenha momentos solta. Todos os dias, eles descem no prédio com ela assim. “Ela se sente livre para brincar com outros cachorros, para correr, consequentemente gasta mais energia. Mais do que isso: ela está ‘livre’ pra ser cachorro também nesse momento”, explica.
A cadela responde a absolutamente todos os comandos dos donos, e isso garante que não haja problemas. “Se você tem uma boa relação com seu cão, ele sempre vai voltar para você. Mas é importante treinamento pra isso. Só basta ter paciência”, recomenda. No início, Vanessa se preocupava, porque Nina ainda estava em processo de aprendizado, mas logo pôde relaxar.
No mínimo uma vez a cada 15 dias, Vanessa também leva o bicho de estimação para um passeio diferente: ao Museu Vivo da História Candanga. “Lá tem um gramado enorme e é todo cercado. Ela corre atrás dos quero-queros, explora todo o espaço e se diverte muito”, afirma Vanessa.
Outros locais
Márcio Carlos Braga Antão recomenda eventos, como sábados e domingos no Parque de Águas Claras. A área é dividida com espaços para cachorros maiores, médios e menores. “Mesmo assim, às vezes, temos que dar uma segurada, porque outro cachorro resolve implicar e ele quer se defender”, conta.
Carol Ferrare afirma que boas opções de locais para soltar cães são os grandes parques, principalmente os do Cruzeiro, do Lago Norte e do Parque da Cidade. Além disso, o Parque das Garças e outros acessos ao Lago Paranoá são interessantes, por serem longe das pistas de carro e terem poucas pessoas passando.
"Se você tem uma boa relação com seu cão, ele sempre vai voltar para você. Mas é importante treinamento pra isso. Só basta ter paciência"
Vanessa Nóbrega
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