Revista

Robô cirurgião

Evolução das máquinas ajuda médicos a salvarem vidas

Correio Braziliense
postado em 09/02/2020 04:10

Ao longo dos anos, a tecnologia tem avançado ao ponto de criar um robô para fazer cirurgias ginecológicas, chamado de Da Vinci (versões: Xi e Si). Esse tipo de procedimento médico é considerado mini-invasivo e menos doloroso, mais rápido do que os convencionais para a saúde da mulher. A operação robótica é feita em pacientes com patologias no útero, nas trompas e nos ovários.

As cirurgias mais comuns são: histerectomia (retirada do útero), remoção de cistos e tumores, tratamento para a endometriose e a de correção do prolapso da parede anterior da vagina. Antes, somente, a urologia fazia esse procedimento com máquinas.  Agora, a ginecologia também faz esse método. “Há mais benefícios do que uma tradicional, como: corte é mínimo, bem menos invasiva, mais segura, menor tempo de recuperação e tem uma alta rápida, entre outros”, afirma Jordanna Diniz, ginecologista do Centro de Medicina Fetal (Cemefe) de Brasília. 

Segundo ela, as mãos do robô chegam aonde o bisturi ou a pinça não consegue ir, pois ele não treme as mãos e os movimentos são mais precisos do que de um ser humano. “O Da Vinci melhora o desempenho do cirurgião e os resultados da operação, porque o risco é menor de ter uma intercorrência, principalmente, nos procedimentos mais delicados. Além de ser mais confortável para o profissional trabalhar”, observa a médica.

O robô não faz nada sozinho, ele é só uma ferramenta para manusear. “Há um treinamento em que o médico estuda todos os mecanismos, tanto de operar um paciente com ele quanto fazer a manutenção da máquina”, conta Jordanna, formada em ginecologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás).

Infelizmente, mesmo com essa evolução, os cursos com certificados para aprender mexer com o Da Vinci é somente no exterior ainda, como na Flórida (EUA). “Mas em breve terá no Brasil, no Rio de Janeiro. A capacitação é paga. Também o aparelho é muito caro, nem conseguiria dizer um valor, porque provavelmente eu erraria. Muitos hospitais do país alugam ao invés de comprá-los”, diz a ginecologista. 

*Estagiária sob supervisão de José Carlos Vieira
 

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