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Dançar ajuda a perder peso e a dar baile no baixo-astral

Existe uma vasta variedade de ritmos e movimentos diferentes; vale para qualquer idade e gênero

Correio Braziliense
postado em 26/02/2020 16:00
Existe uma vasta variedade de ritmos e movimentos diferentes; vale para qualquer idade e gênero Cinco, seis, sete, oito… Depois dessa contagem — muito usada por dançarinos —, dar-se lugar a movimentos com harmonia própria, à concentração e à presença total. Acompanhada de música ou de som nenhum, a dança trabalha uma série de habilidades: agilidade, coordenação motora e equilíbrio. Fortalece os músculos e ajuda a eliminar algumas calorias.

E, claro, “quem dança seus males espanta”. A educadora física e professora de dança do ventre Grisiela Santos afirma: “Dançar combate a depressão e o estresse, revigora”. Fazer aulas regularmente — vale afastar os móveis e dançar em casa mesmo ou em qualquer outro lugar — alinha os neurotransmissores e traz sensação de prazer.

Esses múltiplos benefícios aproximam três estilos aparentemente tão distantes: a dança do ventre, o breaking e a zumba — poderosos para o corpo, para a saúde emocional e como forma de socialização. A Revista te convida a conhecer mais sobre esses formatos de dança. E, quem sabe, inspirar a busca por outros estilos também.
 

Autoestima fortalecida

 

Ziza Barbosa, 68 anos, é aluna de dança do ventre na aula de Grisiela Santos, no Centro Terapêutico Ravenna. Faz seis anos que pratica o estilo originário do Oriente Médio. E mesmo antes disso, sem nunca ter praticado diretamente, já apreciava. Principalmente porque o lado artístico, tão forte no ritmo, sempre se fez presente na vida da professora de artes, hoje aposentada.

A atividade foi importante no processo de emagrecimento e ganho de saúde de Ziza. Muitos movimentos usando o quadril, o abdômen, os ombros e as mãos a têm ajudado na educação corporal. E engana-se quem acha que a dança do ventre fica restrita aos aspectos mais tradicionais. A aposentada conta que as coreografias conseguem ser adaptadas dos ritmos mais modernos — até Shakira entra na playlist — e até da milonga gaúcha.

“O ambiente também é muito democrático, mais um motivo para eu me encantar. É uma atividade que mostra que toda mulher pode fazer, mesmo que ela não se sinta bem fisicamente ainda. É um espaço de expressão e de uma dança muito rica”, acrescenta.

Durante as aulas, a turma é encorajada a se aprofundar no autoconhecimento e no reencontro com o feminino. Com taças e velas — tradicionais em algumas apresentações do estilo —, as alunas ampliam os limites da consciência do corpo em todos os níveis. O toque de sensualidade não é motivo para excluir nenhum perfil! A dança é recomendada para mulheres de todas as idades.

“Nas primeiras aulas, é comum que elas cheguem tímidas, até serem envolvidas pelo processo. Aos poucos, se olham com mais amor, para além do que veem no espelho. Redescobrem-se. Sentindo-se mais bonitas e femininas, não fazem aula antes de retocar o batom e colocar o lenço no quadril”, conta a professora.
 

Cultura unificadora

Existe uma vasta variedade de ritmos e movimentos diferentes; vale para qualquer idade e gênero
A livre expressão também está no break dance — conhecido ainda por breaking ou dança de rua. O produtor cultural Chede Ziad, que integra o grupo de break Start Family Crew, explica que a modalidade exige realmente uma série de esforços para a realização de giros no chão e de saltos. Apesar disso, o break favorece mesmo é a criatividade e aprecia os movimentos imperfeitos dos Bboys e Bgirls, como são chamados os dançarinos do estilo.

Para inventar e se sair bem na dança, a recomendação do dançarino é alongar e aquecer bem o corpo. Joelheiras, cotoveleiras e capacetes são equipamentos bem-vindos devido ao contato com o chão e possíveis giros feitos com a cabeça.

Chede conta que está sempre buscando se profissionalizar e levar a dança a todos da melhor forma. E o break faz parte de uma cena maior. Segundo o produtor cultural, ele abre espaço para trocas de experiências e ideias sobre cultura, para além do hip hop. “Além de ser uma prática saudável, propõe a união de todos os estilos musicais, gêneros e cores. É a cultura do unificar e igualar.”

Ficou interessado?

 

Todo primeiro sábado do mês, no Conic, ocorrem rodas de breaking com espaço para troca de experiências. O evento acontece há mais de 20 anos, começa às 15h e é gratuito. 

Na pegada latina


A zumba, modalidade fitness que nasceu de uma mistura de salsa e merengue, tornou-se popular nas academias há algum tempo e continua sendo favorita de muitos. O professor de zumba Cauan Sousa acredita que o sucesso da dança se deve ao fato de ela ser versátil e acessível — com alguma instrução e muita animação, dá para praticar em casa, sem desculpas. “Temos os ritmos latinos e ainda podemos acrescentar o funk, o forró, o pagode, o hip hop e o reggaeton. Fica divertido.”

Contagiante, a dança, nesse caso, trabalha o corpo inteiro. Quem pratica ganha noções de lateralidade, fortalece bumbum e pernas. Uma hora de zumba pode queimar até 1000 calorias! É um superaeróbico. E, segundo o professor, a zumba faz bem para todos. Crianças se beneficiam desde cedo se praticarem. O idoso tem a chance de melhorar casos de hipertensão, diabetes e osteoporose. Só fique atento às recomendações dos médicos, caso haja alguma restrição mais séria.
 

*Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte  
 

Famosos que escolheram a dança:

Fátima Bernardes já foi professora de balé. Hoje, a dança continua entre as atividades praticadas pela apresentadora.

 

A modelo e influenciadora Paola Antonini dança muito! Entre os ritmos favoritos estão o axé e o funk.

 

Leo Jaime já compartilhou nas redes o gosto pela dança. Além do balé clássico, o artista já arriscou alguns passos de hip hop. 

 

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