Correio Braziliense
postado em 01/03/2020 04:17
Lá se vão 10 anos que a Kelly de Passione levou cada noveleiro do país a torcer pela adolescente explorada pela avó Valentina (Daysi Lucidi), que se valia da beleza da menina para ganhar dinheiro. Pelo papel, a atriz Carol Macedo ganhou prêmios de revelação do ano. Mas o que ficou foi bem mais que isso.
Carol cresceu e, nesses 10 anos de carreira, fez outras cinco novelas, incluindo a atual Éramos seis, na qual é um dos destaques como Inês, jovem que viveu o luto de perder o noivo, Carlos (Danilo Mesquita), e agora redescobre o amor com o irmão dele, Alfredo (Nicolas Prattes), com quem perdeu a virgindade. Entre Kelly e Inês, Carol Macedo foi crescendo não só na carteira de identidade, mas também na profissão: brilhou, por exemplo, como Katiane, a K2, de Malhação: Viva a diferença (2017) e como Paulina de O tempo não para (2018).
“Comecei como uma menina que, apesar de trabalhar desde os 6 anos de idade como atriz (em comerciais), não sabia como seria estar em um projeto tão grande, interpretando uma personagem de destaque em uma novela do horário nobre da Rede Globo. Hoje, sou uma mulher, muito mais madura, mais vivida, mas, ainda sim, cheia de curiosidades, sempre observando e querendo aprender mais”, analisa Carol, em entrevista ao Correio.
“Se considerarmos que comecei como uma adolescente de 16 anos e hoje sou uma mulher de 26, o tempo se torna ainda mais irrelevante. Meu corpo passou por mudanças significativas, além de ter interpretado personagens bem diferentes e em todas as faixas de horário”, completa a atriz.
Três perguntas // Carol Macedo
Embora seja uma novela de época, Éramos seis traz algumas discussões contemporâneas, como a colocação da mulher no mercado de trabalho. Isso é sinal de que ainda temos muito que avançar?
Acredito que sim, ainda temos muito a avançar em alguns temas abordados pela novela. Sobre a colocação da mulher no mercado de trabalho, acho que estamos avançando, mas talvez ainda não da maneira e com a rapidez que gostaríamos. As mulheres, por exemplo, ganham menos do que homens que ocupam as mesmas funções em diferentes áreas de atuação. Acho importante que as novelas provoquem essas reflexões e discussões em nossa sociedade.
A Inês é sua primeira personagem de época. Como está sendo essa experiência? É muito diferente?
Eu sempre tive muita vontade de fazer uma novela de época. Tudo muda! Além da fotografia, dos figurinos e dos cenários, tenho um cuidado especial com a postura corporal, o modo de falar e de me colocar em cena... É um desafio muito gostoso, já que me tira totalmente da minha zona de conforto e me leva para um lugar ao qual não estou acostumada.
Sair de uma personagem para entrar em outra tão rapidamente é um desafio?
Em todos os meus trabalhos, tive a sorte de fazer personagens com personalidades e características bem diferentes uma das outras. Isso ajuda, mas o estudo e o comprometimento de entender quem é aquela pessoa e dar vida a ela vai ser o mesmo, emendando trabalhos ou não. Sempre será um desafio, e no meu caso, quanto mais, melhor. O desafio acaba se tornando o meu combustível para continuar fazendo o que faço há tantos anos.
Leia entrevista com Carol Macedo na íntegra no blog http://blogs.correiobraziliense.com.brproximocapitulo/
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