Correio Braziliense
postado em 15/03/2020 04:19
Em meio à comédia escrachada da novela das 19h Salve-se quem puder, há lampejos de drama em personagens como a Micaela, vivida pela atriz Sabrina Petraglia. A jovem empresária tem que enfrentar um segredo do passado da madastra, Helena (Flávia Alessandra), é alvo de uma vingança da “amiga” Verônica (Marianna Armellini) e ainda sofre preconceito do próprio pai, Hugo (Leopoldo Pacheco), que não vê em Micaela capacidade para ser uma empresária competente pelo simples fato de ela ser mulher.
“Realmente a trama da Micaela tem esse tom dramático. Eu não sei o que Micaela vai sentir com esse segredo revelado. Eu espero que não seja nada de caráter porque a Micaela tem Helena como mãe. A questão da Verônica a gente sabe o que é, mas é um drama, uma vingança”, afirma Sabrina, ao Correio. A atriz ressalta que a parceria dela com Marianna vem desde os tempos em que elas estudavam na Escola de Arte Dramática da USP. “Vai ser maravilhoso (trabalhar com ela), mesmo tendo essa carga dramática, vai ser divertidíssimo. A gente vai se divertir muito juntas, mesmo Micaela sofrendo nas mãos de Verônica”, garante.
Além disso, Micaela é vítima do machismo de Hugo, que a desqualifica sempre que tem oportunidade. E ele cria tais possibilidades. “Estamos todos inseridos numa criação, numa sociedade supermachista. O machismo está enraizado na nossa cultura. Os meninos continuam sendo criados para serem fortes e não chorarem e serem os grandes chefes de família. E as mulheres continuam sobrecarregadas, trabalhando fora de casa e tendo os deveres de casa. Na maioria dos casos, ainda é a mulher que se desdobra”, lamenta a atriz.
Mãe de um menino há pouco tempo, Sabrina aposta na educação das crianças como uma importante arma contra o machismo. “Combatemos educando nossos filhos de uma outra forma e se policiando o tempo todo, porque, às vezes, a gente é machista e não percebe. Eu quero que meu filho cresça chorando, aprendendo a lavar louça, a arrumar a cama, cuidar da casa, assim como ser um grande profissional fora de casa. Criar meu filho homem vai ser o maior ato revolucionário da minha vida”, avisa.
Leia entrevista completa com Sabrina Petraglia no http:// blogs.correiobraziliense.com.br/proximocapitulo/
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