Revista

O mundo em suspenso

Correio Braziliense
postado em 29/03/2020 04:09
Recolhimento.
Atenção.
Solidariedade.
Autocontrole.
Paciência.

Por Maria Paula

Quanto mais todos nós brasileiros estivermos dispostos a nos comprometer com extrema responsabilidade a nos isolarmos, maior a chance de que nosso esforço coletivo tenha consequências positivas, diminuindo a curva de contágio no Brasil.

A demora dos povos de países como a Itália e a Espanha em reagir aos riscos de infecção pela Covid-19 resultou em tragédia. Tomara que o mesmo não se repita por aqui. 

É hora de ficar em CASA.

E se possível ficar em PAZ, lembrando-se de manter as emoções equilibradas, evitando pânico, irritação... 

Por isso faço um convite ao amigo leitor para que observe seu próprio comportamento para que possa até:

Ser aquele que sempre se oferece para lavar louça, limpar banheiro, enfim, ajudar nas tarefas domésticas ao invés de se comportar como um folgado que joga para os familiares a missão de manter a ordem no lar.

Outra atitude pacificadora de ambientes é estar sempre comentando sobre as lições aprendidas com os desafios, em vez de se render às maledicências de qualquer tipo... xingamentos e reclamações são perfeitamente dispensáveis!

Se houver um elogio a ser feito sobre alguém do grupo com quem você está compartilhando a experiência de confinamento, é uma ótima ideia fazer elogios explícitos justamente nos  momentos em que estão todos reunidos. No entanto, quando alguém manda mal, jamais faça comentários pelas costas! Falar mal, fazer intrigas, contaminam o ambiente. O mais apropriado é esperar até que esteja só você e a pessoa em questão, para um papo olho no olho, com muita serenidade e respeito, mostrando o que ele fez que magoou, desorganizou ou estressou você ou algum membro do grupo.

Fones de ouvido também são de bom tom, já que o outro pode e deve ser poupado dos vídeos de WhatsApp, Instagram, Tiktoc ou seja lá o que você desejar assistir. 

Esta pausa coletiva pode ser a deixa que faltava para que você escolha fazer uma reforma íntima. Preste atenção em seus pensamentos, seus condicionamentos, seus preconceitos e aproveite que está convivendo intensamente com pai, mãe, filhos, irmãos, avós, esposa, marido, etc... para resolver diferenças, estreitar laços, perdoar, bater altos papos e, — porque não? —, se divertir com os pequenos milagres da simplicidade cotidiana.
 

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