Correio Braziliense
postado em 26/04/2020 04:15
Ascensão e queda
Com a grade de novelas repleta de reprises por causa da interrupção das tramas inéditas, a Globo nos permite avaliar atores que eram apostas na época de Novo mundo (2017), Totalmente demais (2015) e Fina estampa (2011) e perceber o que aconteceu com eles. Alguns sumiram, outros evoluíram e tiveram os que ficaram ali — estacionados na condição de eterna promessa.
Caio Castro e Rodrigo Simas aparecem em duas das tramas e, curiosamente, em momentos distintos da carreira. Como Antenor de Fina estampa, Caio estava na terceira novela, mas no primeiro papel grande. Não deu certo. O rapaz não correspondeu às expectativas, como não corresponde até hoje, geralmente. Mas o ator mostra que pode render de vez em quando e tem em Novo mundo o que talvez seja o melhor momento na televisão, como Dom Pedro I.
Rodrigo também está nas duas tramas. Em Fina estampa, a primeira novela da carreira, tem um papel pequeno, mas já chamava a atenção quando aparecia. Já em Novo mundo, encarou bem o desafio de dar vida ao índio Piatã. Hoje, Rodrigo é um dos atores com menos de 30 anos mais disputados por autores e diretores da emissora.
Progresso
Fina estampa ainda trazia duas atrizes que, de promessa, logo passaram a destaque das gerações delas: Sophie Charlotte (Amália) e Carol Macedo (Solange). É interessante ver o quanto elas eram cruas (naturalmente, pois estavam no início da carreira) e o quanto evoluíram com o passar dos anos, o que nem sempre acontece. Sophie é hoje protagonista da série Todas as mulheres do mundo, no Globoplay, e nome cotado para o elenco da próxima novela das 21h; e Carol acaba de sair do ar como um dos destaques de Éramos seis e também está em Malhação — Viva a diferença.
Quem também está em Fina estampa e cresceu para o mundo foi Marco Pigossi, que engatinhava na carreira como Rafael, mas já havia chamado a atenção em Ti ti ti (2010). Depois de alguns mocinhos, Marco disse que não queria mais repetir os tipos, rompeu com a Globo e estrelou Tidelands, série americana da Netflix na qual ele vive Dylan, o principal papel masculino. Parece que Marco caiu mesmo no gosto da plataforma de streaming: ele já foi anunciado na terceira temporada de Alto-mar, série espanhola na qual um navio parte da Espanha para o Brasil envolto em mistérios.
Irmão mais novo de Rodrigo Simas, Felipe Simas encarou em Totalmente demais o primeiro protagonista. O intérprete do mocinho Jonatas se deu tão bem que raramente aparece no rol de coadjuvantes — brilhou ano passado em Segunda chamada e tem papel importante na capenga trama de Salve-se quem puder. Totalmente demais também traz no elenco outras duas promessas que despontaram: Juliana Paiva (que faz par com Felipe em Salve-se quem puder) e Jessica Ellen (a Camila de Amor de mãe).
Estacionado
Há ainda duas “categorias”: os estacionados e os que a gente não se lembra mais. Da primeira, faz parte Chay Suede. Parecia que o ex-rebelde ia ser um astro da Globo quando ele foi anunciado em Novo mundo, mas, basta assistir ao Danilo de Amor de mãe, que verá que pouca coisa do que precisava ser aprimorado mudou. Tem talento, mas precisa sair da zona de conforto em que a televisão às vezes prende o ator.
Defendendo papel importante em Fina estampa, Adriana Birolli, a Patrícia, também parecia que ia despontar, mas ficou presa às coadjuvantes. Nada contra — a não ser pelo fato de que ela raramente rouba a cena ou tem momentos de destaque. Adriana pode ser vista em Totalmente demais como Lorena e em Jesus, que a Record também reprisa, como Civia.
No segundo grupo estão atores a que você assiste e acaba se perguntando: mas onde foi parar essa figura em que a Globo tanto apostava? É o caso de Daniel Rocha, o Rafael de Totalmente demais. Daniel era tido como um dos galãs da vez, mas não decolou. Entre 2012 e 2016 foram cinco novelas. As cinco da carreira até agora.
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