Correio Braziliense
postado em 24/05/2020 04:18
Planos alterados
Depois de atuar em Topíssima, da Record, no ano passado, Marcella Rica começou 2020 encerrando as gravações da mais nova série da Globo, As filhas de Eva, produção ainda sem previsão de lançamento. Com direção artística de Leonardo Nogueira e nomes como Renata Sorrah, Giovanna Antonelli e Vanessa Giácomo no elenco, a trama acompanha a história de três protagonistas que têm a vida entrelaçadas.
“Não posso falar muito sobre a minha personagem, pra não dar spoiler (risos). Mas é uma personagem que está ligada a uma das tramas principais, que conta a história de uma das protagonistas. Mas não tenho como adiantar mais. Filhas de Eva é uma trama muito interessante, sobre relações humanas e, em especial, sobre mulheres, sobre angústias e reflexos do patriarcado. Gostei muito de estar nesse elenco, ser parte disso. É um discurso que me representa, em um projeto com artistas que tem toda a minha admiração”, conta ao Próximo Capítulo.
Antes da pandemia, Marcella tinha decidido que esse seria um ano em que se dedicaria mais à Rica Conteúdo, produtora de conteúdo audiovisual, outra área que também trabalha. “Comecei a dirigir há uns cinco anos. Sou formada em cinema e, antes da produtora, dirigi alguns clipes, conteúdo de bastidores de séries”, explica.
Duas perguntas / Marcella Rica
Estamos num momento de pandemia, como tem enfrentado a quarentena?
Sigo trabalhando! A produtora segue firme e forte no home office. Estamos buscando soluções criativas para continuar produzindo e atendendo aos clientes, mesmo sem contato físico. Existe um descanso físico maior, por não estar mais viajando ou saindo pra gravar, mas, ao mesmo tempo, as preocupações crescem e a gente acaba tendo uma dificuldade maior em descansar a mente.
Quais são os seus planos para o ano de 2020?
Que difícil responder isso no momento que estamos. Tinha muitas metas para a produtora. Resolvi me dedicar bastante a ela esse ano, já que, ano passado, me dividi com a novela. Tenho uma série pra fazer como atriz também, mas ainda aguardando data até o fim do isolamento. Agora tudo está em transformação e o amanhã ,mais incerto do que nunca. Não consigo prever os próximos passos ainda em nenhuma das carreiras, mas sei que agora o que importa é manter o equilíbrio e buscar soluções pra nos reinventarmos e não pararmos de produzir.
O que vem por aí
• Hoje, às 22h25, a Warner Channel exibe o episódio final da quinta temporada de Supergirl
• Amanhã, às 22h, o Fox Channel exibe a pré-estreia de Duncanville, dos mesmos criadores de Os Simpsons
• Também amanhã chega ao serviço de streaming Netflix a série Expresso do amanhã
• Na quarta é a vez da Netflix lançar a série Space force
Crítica / White lines
Ação e baladas
Mistério, drama e humor. Tudo isso está em White lines, nova série do roteirista e produtor Álex Pina, nome por trás do fenômeno La casa de papel. Em 10 episódios, a produção, que se passa em Ibiza, também tem muito sexo e drogas — o rock’n roll dá lugar às batidas eletrônicas.
A série acompanha o drama de Zoe Walker (Laura Haddock). A vida dela vira pelo avesso quando a polícia espanhola encontra o corpo do irmão dela, o Dj Axel (Tom Rhys Harries), desaparecido há 22 anos. Ela vai de Machester a Ibiza com a ideia de descobrir o que aconteceu. Lá, ela se reúne com os melhores amigos de Axel, Marcus (Daniel Mays), David (Laurence Fox) e Anna (Angela Griffin).
As principais suspeitas recaem sobre Oriol Calafat (Juan Diego Botto), principal concorrente de Axel na noite. Além de disputar quem levava mais gente às pistas de dança, Oriol e Axel brigavam pela preferência de traficantes, que ajudavam no movimento e no faturamento das boates. Por meio de flashbacks e de muitas descobertas, acompanhadas de interessantes reviravoltas, Zoe vai desvendando o mistério — até chegar a um surpreendente e bem amarrado desfecho.
A série traz um Álex Pina mais maduro do que em La casa de papel. Há gancho para uma nova temporada e assuntos que ficam por se resolver, a rixa dos Calafat com outro clã da ilha ou a relação da família com a igreja. Corajoso seria deixar tudo isso no ar e a gente com o gostinho de quero mais, sem que a série caia na mesma armadilha de La casa de papel, cuja primeira temporada não foi nem igualada pelas demais.
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