Correio Braziliense
postado em 03/06/2020 09:00
A situação pode assustar a muitos tutores quando o pet emite um som alto, semelhante a um ronco e que lembra asfixia ou sufocamento, segundo a veterinária da Petz, Lígia Antocheski Garcia. Esse esforço respiratório é chamado de espirro reverso e tem a função de desobstruir ou limpar as vias aéreas superiores. Isso ocorre em alguns cães que têm a inspiração rápida de ar por via nasal produzindo um ruído de alta sonoridade.
“Ocorre em cães jovens aos de meia idade, incluindo a maioria das raças braquicefálicas (cara achatada — exemplo: pug), embora qualquer raça pode ser acometida. Pets de raças pequenas apresentam mais ocorrências”, explica Paulo Sérgio Salzo, dermatólogo e professor de medicina veterinária da Universidade São Judas.
É compreensível que tutores fiquem preocupados em como agir nessa situação. É o caso da dona de casa Luana Mayara, 22 anos. Ela teme que os seus cães tenham o problema. “Eu não conhecia muito, então decidi pesquisar e até assisti a um vídeo sobre o assunto”, diz. A jovem tem dois cães sem raça definida, chamados Beethoven e Snoop.
Para veterinária Simone Rodrigues Ambrósio, o proprietário do animal deve induzir o reflexo da deglutição do cão massageando a região da faringe ou fechando rapidamente as narinas, uma vez que a deglutição faz o espirro cessar. “Em geral, nenhum tratamento é necessário, porque os episódios são auto-limitantes. Em casos avançados, são necessárias medicações para aliviar os sinais clínicos”, orienta a gestora do Hospital Veterinário São Judas e docente do curso de medicina veterinária da Universidade São Judas, de São Paulo.
O espirro reverso pode prejudicar a saúde do pet? “Se os episódios persistirem, haverá a necessidade de acompanhamento por um veterinário, que solicitará exames complementares, para o diagnóstico e terapia mais adequada”, afirma o veterinário Paulo Sérgio Salzo. Segundo ele, em raros casos, é importante descartar a presença de corpo estranho ou alguma anormalidade na região da nasofaringe.
Os episódios podem ser esporádicos e autolimitantes, mas se houver agravamento das crises será necessário acompanhamento, reforça a veterinária Simone Rodrigues. “Possivelmente, após o exame físico completo, o profissional solicitará exames complementares pertinentes.”
*Estagiária sob supervisão de Taís Braga
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