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Missão: Identidade

Segunda temporada de TransMissão traz Linn da Quebrada e Jup do Bairro mais à vontade em entrevistas bem-humoradas sobre temas identitários

Correio Braziliense
postado em 07/06/2020 04:33
Jup do Bairro e Linn da Quebrada apresentam talk show no Canal Brasil

O tom é de uma conversa informal entre as apresentadoras Linn da Quebrada e Jup do Bairro. Mas não se engane: entre risadas e muito bom humor, elas e os convidados do programa TransMissão estão discutindo assuntos pra lá de sérios. O talk show chegou semana passada à segunda temporada no Canal Brasil, sendo exibido às segundas-feiras. Amanhã, a convidada é Liniker e, na outra semana, o papo é com o jornalista Pedro Bial. A estreia foi com Dira Paes e a temporada ainda tem Criolo e Xico Sá, entre outros.

“As entrevistas vão além das identidades individuais. Construímos uma perspectiva conjunta de várias possibilidades com esses encontros. Passamos por possibilidades, novas visões e questionamentos pertencentes ao nosso tempo. Conversamos com diversas pessoas com recortes de classes diferentes, raças, gêneros, idades e diferentes pontos de vistas, contudo, pessoas muito fiéis ao que acreditam. Isso faz com que eu entenda cada vez mais que nossa identidade pode e deve ser moldada e remendada para pertencemos a novas urgências”, afirma Jup do Bairro em entrevista ao Correio.


Linn conta que as duas estão mais à vontade nesta temporada, inclusive para fugir do roteiro, como aconteceu na entrevista com o ator Matheus Nachtergaele. “Conseguimos elaborar questões e caminhos muito interessantes a seguir, o que não quer dizer que estávamos engessadas nos temas propostos. Tanto que com o Matheus Nachtergaele nós abandonamos completamente o roteiro. Esse dia, confesso que fiquei ligeiramente mais nervosa, por além da admiração pessoal ao artista, perceber que precisaria estar presente e traçar um novo trajeto a conduzir”, lembra.

Além de Matheus, outro momento marcante na temporada foi com a escritora Djamila Ribeiro. “Podemos trocar sobre ‘local de fala’ e enfatizar que o local de fala de um indivíduo não significa o local de silêncio do outro. Podemos falar sobre todos os assuntos, mas é importante frisar que a minha fala será sobre as perspectivas que atravessam o meu corpo, minhas vivências, habitação geográfica e vice-versa”, justifica Jup.

Pergunta // Jup do Bairro e Linn da Quebrada

A segunda temporada acendeu uma vontade maior de continuarem sendo entrevistadoras?

Linn da Quebrada: Sinto, e sinto muito. Desta vez pude sentir ainda mais, pois pude exercer essa função com outra postura. Uma postura curiosa, experimental e arriscada, porém, com mais segurança. Pude, com um dos convidados, discordar de seus pontos de vista. Senti na pele a responsabilidade, como apresentadora, de construir um espaço seguro para ambas partes de disputa de ideias, de construção de pensamento, sem estar fixa nos meus argumentos e propiciando uma discussão horizontal e madura. Essa foi, inclusive, uma das minhas entrevistas favoritas.

Jup do Bairro: Eu sempre fui muito curiosa, gosto de conversar, saber mais sobre assuntos que não domino e também respeito muito o meu silêncio quando não tenho algo materializado a falar. Acredito que o programa traz muito essa sensação de estar desprendida para gerar uma conversa ali, com aquela mente, aquele humor, aquela possibilidade. O TransMissão foi uma possibilidade de materializar esse meu lado investigador.

Leia a entrevista completa com Jup do Bairro e Linn da Quebrada em http://blogs.correiobraziliense.com.br/proximocapitulo/


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