Correio Braziliense
postado em 21/06/2020 04:27
As medidas de segurança contra a disseminação da covid-19 orientadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pedem novas formas de se comportar, o que tem mudado o hábito de milhões de brasileiros e pessoas ao redor do mundo. Muitos desses comportamentos exigidos têm relação com a etiqueta.
Ao contrário do que muitos pensam, etiqueta não é apenas para eventos formais. Trata-se de um conjunto de regras e normas que estabelecem quais devem ser os comportamentos de uma pessoa em um determinado local, nada muito diferente do que vem sendo exigido.
Como a doença é transmitida pelo contato, algumas normas, como tirar o sapato antes de entrar em residências, higienizar as mãos sempre que for sentar à mesa, tocar algo, ou cumprimentar alguém, devem ser naturalizadas pelas pessoas, explica o biomédico Roberto Figueiredo, conhecido popularmente como Dr. Bactéria.
Na hora de cumprimentar, beijos abraços e apertos de mão devem ser evitados.“As pessoas, especialmente as de origem latina, têm a necessidade do toque para que se sentirem receptivas. Porém, acredito que quando isso passar, acenos de cabeça e mão vão se tornar mais comuns e bem-aceitos entre os brasileiros já que dificulta o contato com outras doenças”, diz o Dr. Bactéria.
Se for receber alguém em casa, a dica é manter os locais de circulação da pessoa em poucos cômodos e higienizar bem os locais de toque como maçanetas, sofás e banheiro. “Caso façam alguma refeição, opte por um rodízio de lugares ou até mesmo intercale quem vai comer”, recomenda Roberto Figueiredo.
Toque restrito
Toques e abraços sempre foram assunto sério para Fernanda da Conceição Dias. Mãe de um filho imunodeficiente, ela conta que apenas aumentou os cuidados, mas a barreira do toque sempre existiu. “Sempre soubemos o quão perigoso pode ser um abraço para nosso filho. Sempre soubemos que a distância é uma forma de amar dolorosa, mas real”, diz.
Fernanda possui um home care e apenas ela tem saído de casa. Além da limpeza rigorosa, logo na entrada da casa, há um carrinho com luvas, máscaras, capotes e propé. “Todas as funcionárias da enfermagem que chegam aqui em casa para o atendimento dele têm os cuidados necessário. E, nesta casa, sapato não entra”, conta.
Por continuar a trabalhar durante a pandemia, Fernanda conta que os hábitos de comportamento com outras pessoas é totalmente diferente. “Mudei totalmente minha rotina, só me relaciono com acenos, evito tocar qualquer pessoa. Todos em casa estamos neuróticos, é ruim essa ansiedade toda para todos mas esses cuidados são necessários”, conta.
*Estagiária sob supervisão de Taís Braga
Viver na nova sociedade
* Leve sempre álcool em gel ou lenços umedecidos com álcool com você
* Conceda apoio por meio do telefone ou mensagem para amigos e pessoas que você acredita que precisam neste momento
* Tire os sapatos antes de entrar em residências
* Receba poucas ou nenhuma visita durante este período
* Respeite a distância de, pelo menos, um metro entre outras pessoas
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