Correio Braziliense
postado em 21/06/2020 04:27
Entre os ganhos e as perdas da pandemia, a administradora Paula de Melo Maia, 30, conta que teve um pico de trabalho muito grande quando tudo começou, mas a quarentena também promoveu a mudança necessária para que ela tenha a condição de realizar um de seus sonhos muito em breve: ter um cachorro.
"Eu trabalho muito, tinha pena de deixá-lo sozinho o dia inteiro", conta. A empresa em que trabalha já estava com uma política tímida de home office antes da pandemia. Agora, ela acredita que o sistema deve ser ampliado e ela não só terá companhia em casa, como será a companhia do pet.
No primeiro momento, ela conta que trabalhar de casa foi complicado porque a mudança ocorreu do dia pra noite. "A gente não teve tempo para se preparar, eu não tinha um escritório pronto em casa. Um mês depois, já estava adaptada e a empresa até mandou um encosto de cadeira para transformar a minha em ergonômica.” O resultado do home office foi bom, ela economizou, pelos menos, uma hora diária no trajeto para o trabalho e conseguiu usar esse tempo para se exercitar.
Paula contou com o apoio do namorado para tomar a decisão de, finalmente, ter um cachorro. "Ele está sempre na minha casa, então, seria complicado se ele também não gostasse, não quisesse", explica. No ano passado, ele até quis lhe dar um de aniversário, mas ela ainda não se sentia segura. Ela conta com o namorado para ajudá-la em casos de estar muito atarefada no trabalho ou outras emergências. O nome está escolhido: Lulu. Provavelmente, será da raça chow chow, que ela sempre quis. Mas, algumas pessoas tentam fazê-la mudar de ideia, e, por isso, ela anda pesquisando outras opções, como o spitz alemão.
Férias atípicas
Brasiliense, a administradora mudou-se para São Paulo há mais de sete anos. O home office permitiu que ela viesse passar a quarentena na capital, com a mãe. Há cerca de um mês e meio, ela começou a pensar e repensar a ideia. Para vir, ela fez exames para garantir que não traria o coronavírus. Voltando para São Paulo, procurará a Lulu.
De Brasília, Paula trabalhou a uma distância maior (da casa da mãe, e não da própria casa) por algumas semanas e logo começaram as férias dela. As primeiras em que não viaja a turismo. Está aproveitando para ler muitos livros e para focar em projetos pessoais e profissionais paralelos ao emprego que tem. Nos dias de folga, procura clientes para a start-up. "Tem momentos de frustração, mas não tem a pressão de alguém me cobrando, a não ser eu mesma", afirma.
No Instagram, a administradora tem o perfil @sao.paula, em que dá dicas de restaurantes principalmente na capital paulista e de cidades que visita. No próximo dia 26 de junho (sexta-feira), ela vai fazer uma live junina. Com uma banda e tudo. Até lá, passará receitas para que todo mundo providencie o seu arraiá em casa. Embora tudo isso dê trabalho, ela garante: "Nem parece que estou trabalhando".
Enquanto estas férias são atípicas, sem conhecer lugares novos, não faltam planos para as próximas, no ano que vem. Paula já tem passagens compradas para a Grécia e para Curaçao. Aproveitou a promoção de pacotes para garantir que não ficará em casa, nem em São Paulo, nem em Brasília.
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