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Correio Braziliense
postado em 05/07/2020 04:11

Expansão da trama

Em 2011, sob direção de Joe Wright e com roteiro de David Farr, estreou nos cinemas o filme Hanna, que contava a história de uma jovem treinada para ser uma assassina perfeita. Oito anos depois do lançamento nos cinemas, a produção ganhou uma nova versão para a telinha produzida pelos estúdios da Amazon Prime Vídeo, com criação e roteiro de Farr e todo um novo elenco.

Depois da boa repercussão no ano passado, a série garantiu uma segunda temporada, que estreou na última sexta-feira, expandindo os conflitos da protagonista Hanna, vivida pela atriz Esmé Creed-Miles. No seriado, a personagem começa a primeira temporada vivendo afastada do mundo em uma floresta, sendo treinada pelo pai, Erik (Joel Kinnaman), um ex-recrutador da CIA que participou de um programa da agência que criou crianças com DNA reforçado com o objetivo de transformá-las em supersoldados.

Na sequência, Hanna precisa lidar com um mundo completamente diferente, sem Erik e ao lado de Clara (Yasmin Monet Prince), jovem que ela ajudou a fugir do programa. Tudo isso transformou a personagem e a fará entrar em contato mais profundo com o programa de treinamento para jovens assassinas.

“Essa temporada é diferente em dois modos. Tem o desenvolvimento de Hanna, que não é mais completamente jovem e angelical. Agora, ela viu o mundo, foi machucada. Esse desenvolvimento a faz ter escolhas na vida, tudo isso num contexto de thriller. Ela está se tornando outra mulher. Depois, tem essa colisão de Hanna com essas mulheres que estão sendo treinadas para serem assassinas profissionais”, explica David Farr, roteirista e criador.

“Acho que, para Hanna, essa é uma temporada sobre confiança e da manifestação de um trauma que ela experienciou na primeira temporada. Tem o desenvolvimento da relação dela com Clara e, também, com Marisa (Mireille Enos)”, completa Esmé, a intérprete da personagem título.


Outros olhares

A segunda temporada de Hanna não traz apenas expansão para a protagonista, algumas das personagens do treinamento têm mais desenvolvimento, como Clara, que começa a procurar sobre o passado dela. “Acho que a segunda temporada foi bem melhor para mim, porque eu tinha mais o que fazer. A minha personagem vive essa montanha-russa de sentimentos”, comenta a atriz.

É o caso também de Sandy e Jules, novas identidades das personagens vividas por Anne Rose Daly e Gianna Kiehl, respectivamente. A dupla está no processo do treinamento em que precisa criar falsas identidades para ser futuramente reintegrada à sociedade para cumprir as missões.

“É como vê-las crescer. Elas ganham essas identidades e vidas sociais. A jornada é diferente”, analisa Gianna. Esse enredo da série, inclusive, é visto pelas atrizes como um dos assuntos principais de Hanna. “A mídia, a moda e a indústria mostram imagens para jovens mulheres do que é ser uma mulher, então essas meninas crescem buscando um lugar no mundo. Acho que, na série, você vê as personagens fazendo isso para se encaixar, percebendo que não são aquelas pessoas e resolvendo seguir os próprios caminhos”, completa.

“Concordo com Gianna, é uma série sobre identidade, quem você é, como você descobre quem você é quando é bombardeada de informação, e isso acontece na série e na vida, mesmo que de formas diferentes. Por isso, as pessoas podem se relacionar com a série”, avalia Anne Rose.


Novo personagem

A sequência da produção ainda se destaca pela chegada de um novo personagem e pela mudança, no enredo, de outra já conhecida. Na nova leva de episódios, o papel de vilão fica com o ator Dermont Mulroney, que vive John Carmichael, um dos pioneiros no programa e que aparece na instituição para tentar capturar Clara e dar um fim em Hanna.

O personagem é velho conhecido de Marisa, que ganha outras nuances na sequência, ao decidir ajudar Hanna, em vez de caçá-la. “O que sabemos é que eles não se veem há 16 anos na cronologia da história. Eles se conhecem bem demais para não confiar um no outro, estão ali se espionando”, explica Dermont.

“O que é legal de atuar (nessa temporada) é a confusão de Marisa na decisão dela. Acredito, realmente, que ela não sabe porque está ajudando Hanna”, diz Mireille sobre Marisa. Já o intérprete de Leo Garner, um dos responsáveis pelas jovens do treinamento, Anthony Welsh afirma que o personagem é outra figura cheia de dualidade na trama. “Ele apresenta-se como uma pessoa charmosa e amigável para as jovens. Então foi bem divertido (fazê-lo)”, acrescenta.

Leia a entrevista completa com o elenco com mais detalhes da segunda temporada de Hanna no blog!


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