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Reforma e decoração: nova rotina em casa estimula mudanças

Ficar dentro de casa por conta da pandemia tem feito as pessoas adaptarem o ambiente à nova rotina: reformas, troca de móveis, nova decoração são algumas das opções

Correio Braziliense
postado em 09/07/2020 09:00
A pandemia fez com que todo mundo passasse mais tempo em casa. Com isso, muita gente decidiu fazer adaptações no lar. Alguns resolveram problemas que há tempo estavam sendo negligenciados, outro só deram um reforço na decoração, ainda teve quem precisou criar ambientes, como um escritório, um espaço de estudos ou uma brinquedoteca.

Com quatro crianças – um menino de 2 anos e um de 12, uma menina de 5 e outra de 11 anos –, a influenciadora digital Gabriela Valadão, 34, sentiu necessidade de mudar algumas coisas dentro de casa. “A gente mora em apartamento. Ele supre bem nossas necessidades, mas, com todo mundo em casa o tempo todo, não dava para continuar como era”, explica.
A casa de Gabriela ganhou uma brinquedoteca, com direito até a cama-elástica

Sala liberada para as crianças


Antes da quarentena, uma das salas da casa, chamada de “sala grande” pela família, era praticamente proibida para as crianças. Com sofá branco e um grande tapete, o ambiente era mais usado quando a família recebia visitas. A mãe acabou fazendo algo que nunca imaginou: retirou o tapete para que as crianças pudessem andar de motoca e gira-gira e liberou a área para elas.
A %u201Csala grande%u201D de Gabriela foi liberada para as crianças e os sofás brancos passaram a ter nova roupagem, verde-escura
Além disso, a família faz aulas de dança, de educação física e pode assistir a lives juntas, já que a “sala grande” também tem a maior televisão da casa. “Como boa virginiana, eu era muito certinha com limpeza e organização. Precisei relaxar um pouco”, conta. Para Gabriela, o momento é de priorizar o bem-estar dos filhos, que, agora, passam mais tempo juntos e, além de brincar, brigam, fazem as pazes e brincam mais. “Pelo menos, eles têm a sorte de ter um ao outro”, afirma, aliviada.

Mas o sofá branco não estava resistindo à diversão dos pequenos. Embora tivessem sido lavados em fevereiro, pouco tempo depois, em maio, davam bons sinais de sujeira. Gabriela já havia pensado em trocá-los antes, mas acabava adiando, especialmente, porque os meninos não ficavam tanto neles. No último mês, resolveu o problema. Reformou e escolheu um estofado verde-escuro.

Espaço de brincar e de estudar

O quarto dos garotos também passou por mudanças: a área de estudo ficou isolada da brincadeira
Outra mudança que precisou ser feita foi a do espaço de brincar, dos quatro, e de estudar, dos garotos. As meninas sempre tiveram o local delas para atividades da escola. Mas os meninos tinham, no mesmo ambiente, o local da diversão e do aprendizado. “Como eles iam à escola e tinham outras atividades, dava pra organizar. O pequeno ia à natação, o mais velho estudava. Agora, sem essas atividades extras, o mais velho, que está no 7º ano, tem aula a manhã inteira e o menor quer brincar.”

Era urgente separar uma coisa da outra e fazer uma brinquedoteca isolada. Gabriela não só movimentou móveis e brinquedos antigos como acrescentou um novo: uma cama-elástica. Também comprou mais uma pequena mesinha de madeira para as crianças desenharem, fazerem dever e brincarem.

Reformas e arrumações

A área de serviço do apartamento de Alinne ganhou mais charme, inclusive com a aquisição de novos eletrodomésticos
A empresária Alinne Martins, 32, não tem filhos, mas também aproveitou o tempo em casa para resolver pequenos problemas que há muito tempo adiava. “Troquei a máquina de lavar, reformei a área de serviço”, cita. Com mais tempo dentro de casa, manter as coisas como estavam pareceu insustentável. Além disso, agora, ela tinha condições de acompanhar a reforma. “Ficou mais espaçoso, mais bonito”, conta, feliz.

A necessidade de trocar de cama também ficou mais óbvia. “Com a correria do dia a dia, a gente nem percebia que não estava tão boa”, conta Alinne. Mas o móvel já tinha 12 anos. Ela ainda uniu o útil ao agradável e escolheu uma com baú, para guardar coisas dentro.

De acordo com André Ulhoa, dono das lojas Dr. Colchão, a vida útil de um bom colchão varia de três a cinco anos, enquanto a garantia costuma ser de um ano. Ele conta que muita gente fez o mesmo que Alinne. “Janeiro e julho, que são meses de férias, costumam ser muito bons, porque as pessoas que não viajam acabam gastando com reforma, com móveis. A pandemia adiantou isso, ainda mais que ninguém está viajando”, analisa.
Durante o isolamento, Alinne percebeu que estava na hora de trocar a cama: repaginada no quarto
Para dentro do novo baú/cama de Alinne foram as coisas que estavam guardadas no armário do segundo quarto da casa. O cômodo virou escritório – já que agora está trabalhando em casa – e o móvel passou a guardar o estoque das semijoias que comercializa. “Fiz muita arrumação, organizei gaveta e aproveitei o baú para liberar o armário”, detalha.

Havia, também, uma parede no apartamento de Alinne em que ela sempre achou que faltava um quadro. Com a pandemia, passando tanto tempo olhando para o espaço vazio, a empresária deu os primeiros passos: escolheu na internet e comprou. Agora, só falta pendurar. Aos poucos, a casa vai ficando como ela quer, e o isolamento social acelerou o processo.


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  • Foto: Arquivo pessoal
  • Foto: Arquivo pessoal
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  • Foto: Fotos: Alinne Martins/Divulgação

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