postado em 25/04/2008 10:47
A lamentada derrota por 3 a 1 para o Goiás, na partida de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, trouxe importante lições para o Corinthians tentar sua permanência na competição nesta quarta-feira, no Morumbi. E as duas principais melhorias em relação ao duelo no Serra Dourada não são segredo: ser atento atrás e fazer melhor a transição entre defesa e ataque.
A volta da boa fase da retaguarda, especificamente, é a evolução mais esperada na equipe. A antes elogiada zaga de Mano Menezes sofreu seis gols nos últimos dois jogos (perdeu por 3 a 2 para o Noroeste e foi eliminado do Campeonato Paulista). Os defensores alvinegros, contudo, descartam semelhanças entre os tropeços. Mas prometem mudanças.
;Foram detalhes que nos atrapalharam durante esses dois jogos. A gente sabe onde errou e sabe que não pode acontecer contra o Goiás de novo. No jogo contra o Noroeste foi totalmente diferente porque precisávamos da vitória e nos expomos um pouco. Contra o Goiás foi outra coisa, tivemos erros que não podemos ter;, comparou Chicão.
Em defesa do seu setor, o zagueiro também pede para que o time todo feche os espaços para os goianos, principalmente Paulo Baier, autor de dois gols no Centro-Oeste.
;A equipe deu muito espaço para o Goiás, e o Paulo Baier também desequilibrou. No início não estava em uma noite muito feliz, mas cobrou uma falta que desviou no Bóvio, fez gol e cresceu no jogo. Temos que marcar um pouco mais para isso não acontecer de novo;, recomendou Chicão, ainda lamentando o terceiro gol sofrido pouco após o gol de Diogo Rincón.
;Foi complicado. Fizemos gol contra o Goiás e em seguida tomamos outro. Temos que ter mais atenção para isso não acontecer de novo, porque se tomarmos um gol vai ficar difícil de tirar a diferença;, previu o zagueiro, ciente da necessidade de vencer por 2 a 0 ou três gols de diferença no Morumbi.
Se na defesa a chave para o sucesso está na atenção, no ataque a melhoria está na qualidade com que a bola chega na frente. Principal responsável pela função, Diogo Rincón não pôde executar com eficiência sua missão em Goiânia. Os colegas, no entanto, avisam que o meia não é o único capaz de armar no time.
;Tem que ter qualidade para conduzir. Bastam as coisas darem certo para ter confiança. Se você faz um gol, tem confiança para isso. O Chicão é um que faz isso. Joguei com eles em outras equipes e sei que ele tem condições para isso;, apontou Finazzi.
Elogiado, Chicão também comemora a entrada de outro companheiro, que não jogou no Serra Dourada: o ala/volante Carlão. ;O Carlão já mostrou que tem qualidade, está bem, e facilita mais para o André Santos, que tem característica de atacar bastante. Vai ajudar;, apostou.
Seja qual for o condutor da equipe, os corintianos defendem o esquema de Mano Menezes, tachado de ;retranqueiro; por alguns torcedores. ;Depende da postura em campo. Se jogar com três zagueiros, dois volantes, e eles saírem para o jogo quando tiverem possibilidade e fizerem marcação mais firme como treinador pede, dá para joga ofensivamente. Depende desses espaços;, explicou Finazzi.
O centroavante também lembra que o ataque será fundamental para o Timão seguir na Copa do Brasil ;O treinador que vai estudar o que tem que mudar. Mas o que muda principalmente é que temos que buscar o resultado. Lá, a gente foi para ganhar também, mas de maneira diferente. Aqui vamos para cima. Sabemos que podemos nos abrir, mas não tem jeito;, analisou.