postado em 27/04/2008 16:20
Um dos maiores artilheiros brasileiros na década de 1990, o atacante Jardel simplesmente sumiu do cenário nacional e internacional dos anos 2000. Dono de uma respeitável média de gols até 2003, o centroavante entrou em decadência ainda com 29 anos, sem conseguir se firmar nos clubes por onde passava. O motivo? A cocaína, confessou o atleta, hoje com 34 anos.
Jardel iniciou a carreira em 1990, pelo Ferroviário do Ceará, chegando ao Vasco no ano seguinte. Seu auge em solo pátrio, no entanto, aconteceu em 1995 com a camisa do Grêmio, sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari. Foram 68 gols em 73 jogos, com direito aos títulos da Copa Libertadores da América.
A trajetória arrasadora de Mário Jardel prosseguiu no Porto, de Portugal, onde virou ídolo. E com porquê: marcou 168 gols em 161 partidas. No turco Galatasaray, o ;Super Mário; marcou mais 34 gols em 44 partidas, e novamente no futebol lusitano, mas com a camisa do Sporting, balançou as redes em 53 oportunidades durante 49 confrontos.
Mas a campanha do centroavante parou por aí. Depois de 2003, acumulou passagens frustradas por Bolton (Inglaterra) e Ancona (Itália), antes de chegar ao Palmeiras ; onde sequer estreou. Jardel ainda passou por Newell;s (Argentina), Alavés (Espanha), Goiás, Beira-Mar (Portugal), Anorthosis (Chipre) e Newcastle Jets (Austrália). Em cinco anos, foram míseros quatro gols.
;Eu errei primeiro começando a andar com más amizades. Aí veio a separação, a depressão e depois a droga;, assumiu Jardel, em entrevista à TV Globo. ;Só usava cocaína. Quando estava jogando não consumia, apenas nas festas;, complementou.
O atleta de 34 anos admitiu que não faz uso da droga há dois meses e está apto para retornar ao futebol. ;Quero recomeçar a minha vida. Estou treinando e, se Deus quiser, vai dar tudo certo. Meu maior sonho é voltar a jogar em um time grande, de preferência Grêmio ou Vasco;, concluiu.