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Roberto Carlos veste a 6, mas não põe data para voltar ao Verdão

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postado em 29/04/2008 13:42
Treze anos depois de vestir a camisa seis do Palmeiras pela última vez (na decisão do Paulistão de 1995, quando perdeu um pênalti contra o Corinthians), o lateral-esquerdo Roberto Carlos apareceu na Academia de Futebol nesta terça-feira (29) com o mesmo manto que o consagrou no Planeta Bola. Para tristeza do torcedor, no entanto, o uniforme de treinos utilizado pelo atleta não significa que Roberto estará de volta ao clube como reforço para a disputa do próximo Campeonato Brasileiro.

Há 14 dias recuperando-se de uma fratura por estresse na perna esquerda, o pentacampeão concedeu entrevista coletiva apenas para elogiar a atual estrutura do clube e aventar a possibilidade de, um dia, voltar a atuar pelo Alviverde. ;Será que o Leandro precisa se preocupar?;, questionou, em tom de brincadeira, ao falar sobre o fato de conceder a entrevista justamente com a camisa número seis.

;É só uma coincidência mesmo. A possibilidade de retorno existe, mas não seria correto falar agora, pois ainda tenho dois anos de contrato com o Fenerbahçe, com possibilidade de renovação por mais dois;, esclareceu. O jogador deixou claro, no entanto, que a missão de trazê-lo de volta para o Palestra Itália é menos complicada do que parece, pois o Verdão não teria que seduzir os dirigentes do clube turco a abrirem mão de um de seus principais ídolos no momento.

;O Palmeiras teria que negociar comigo, pois eu tenho uma cláusula que me permite rescindir meu contrato a qualquer momento. Só que eu penso em continuar no futebol turco, para ganhar dinheiro, títulos e continuar representando bem o futebol brasileiro lá fora;, avisou. O desejo manifestado em algumas entrevistas passadas de encerrar a carreira no Santos, seu clube de coração, não existe mais. Aos 35 anos, e sem previsão para encerrar a carreira, Roberto Carlos, agora, quer retribuir toda a projeção que conseguiu atuando pelo Palmeiras no início da década de 90 em um futuro não muito distante.

;Se algum dia pudesse voltar para cá (ao Brasil), seria pelo Palmeiras. Sou santista, mas seria para retribuir tudo o que o clube fez por mim. Ainda é cedo para falar em voltar, mas fazia 13 anos que não passava por aqui e, para mim, sempre é motivo de orgulho estar no Palmeiras;, declarou, elogiando, na seqüência, as mudanças que encontrou na Academia desde os tempos em que defendeu o clube.

;A estrutura está diferente, tudo é novo, mas traz boas recordações. Tenho amigos aqui, como o Marcos e o Denílson, estou conhecendo o Valdívia de perto e espero passar um pouco de experiência para aproveitar esse momento bom que eles estão passando;.

Dedo de Luxa

O lateral aproveitou ainda para esclarecer que foi o técnico Wanderley Luxemburgo quem o convenceu a realizar o tratamento da fratura na perna no Palmeiras. ;Eu liguei para o (Luis) Rosan (fisioterapeuta do São Paulo) e ele me falou que as portas estariam abertas. Fiquei de telefonar novamente, mas aí o Wanderley (Luxemburgo) me ligou, dizendo que eu tinha que vir para cá, que o Filé (Nilton Petrone, fisioterapeuta) estava com ele. Por tudo o que passei aqui, não havia sentido me tratar no São Paulo. Agradeci e vim para cá;, concluiu.

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