postado em 29/04/2008 16:56
Uma enorme confusão marcou o primeiro (e único) dia de venda de ingressos para a partida final do Campeonato Paulista entre Palmeiras e Ponte Preta, marcada para o próximo domingo, às 16 horas, no Palestra Itália.
Abertos às 10 horas da manhã, os guichês do estádio palmeirense não deram conta da demanda de torcedores e, por volta das 13h30, interromperam as vendas, anunciando o fim da carga disponibilizada para este ponto de venda.
Revoltados, os torcedores iniciaram um corre-corre, destruindo a porta de um estabelecimento localizado em frente ao estádio e obrigando a Polícia Militar a intervir com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Muitos torcedores foram detidos por conta da confusão, mas o número exato de apreensões não foi revelado pelo comando da PM, que se recusou a dar entrevistas.
A revolta dos torcedores também foi grande com relação à atitude da direção palmeirense. "Eles liberaram ingressos para os cambistas. Cheguei aqui às quatro horas da manhã e não consegui comprar o meu. Isso é culpa da diretoria incompetente, que não aparece agora para dar explicações", bradou Nelson Ferreira dos Santos, 26 anos, morador do bairro de Guainazes.
O que mais causou estranheza aos torcedores foi o desencontro de informações, pois ninguém soube informar ao certo qual o total da carga vendida no Palestra Itália. "Disseram que nos outros pontos de venda não tinha ingresso nenhum, mas aqui acabou muito rápido. Está tudo na mão das organizadas", acusou Ferreira.
Os diretores da Mancha Alviverde, uma das principais torcidas do clube, conformaram que a carga reservada a eles chegará à sede na quarta-feira, mas não souberam precisar a quantidade exata de ingressos.
Dos 27.645 bilhetes colocados à venda, cinco mil não foram às bilheterias, pois são do setor Visa do Palestra, 2.600 serão destinados aos ponte-pretanos e mais dois mil foram vendidos pela internet, através do site ingresso fácil. Resta saber qual a divisão realizada no restante da carga para os torcedores "comuns", os organizados e os conselheiros do Verdão.
Os cartolas do Palmeiras, como o vice-presidente Eben Gualtieri, responsável pelo assunto, foram procurados pela reportagem para falar sobre o assunto, mas não atenderam às ligações em seus telefones celulares.