O técnico Adílson Batista ;inventou; em mais um jogo da Libertadores. Desta vez, o comandante celeste preferiu não escalar nenhum lateral e improvisar dois volantes na função. O time jogou com duas linhas defensivas de três jogadores. Thiago Heleno na direita, Espinoza, no meio e Marquinhos Paraná na esquerda formavam a zaga. Charles na direita, Fabrício centralizado e Henrique na esquerda completavam o meio.
Com a nova formação, os jogadores do Cruzeiro não se encontravam em campo e, nos primeiros minutos, o Boca Juniors deus sinais de que dominaria facilmente a partida. Tanto que, logo aos seis minutos, abriu o placar com Riquelme. Battaglia lançou Gonzáles na esquerda, o lateral cruzou rasteiro e o camisa 10 escorou para o gol.
O Boca Juniors continuou pressionando, principalmente com as bolas aéreas. Depois de sofrer no campo de defesa, o Cruzeiro começou a tentar algumas jogadas. Mas o time errava muitos passes, e não conseguia armas lances perigosos. Os argentinos chegaram novamente com aos 16 minutos. Dátalo lançou Palermo que chutou forte. A bola bateu na rede pelo lado de fora.
A primeira oportunidade da Raposa foi aos 25 minutos. Moreno deu excelente bola para Guilherme. O atacante dominou, girou e achou Ramires dentro da área. O volante finalizou mal, para fácil defesa de Caranta. Quatro minutos depois, no contra-ataque, os xeneizes voltaram assustar. Dátalo chutou cruzado e Fábio fez boa defesa.
Aos 32, o ataque dos argentinos voltou a agir com perigo. Riquelme, Vargas e Palermo fizeram excelente triangulação dentro da área celeste. O camisa 9 bateu cruzado e a bola passou com perigo. Nos acréscimos os jogadores do Cruzeiro reclamaram de um pênalti. O zagueiro Maidana bateu a mão na bola, dentro da área, mas o árbitro Jorge Larrionda mandou seguir o lance.
As duas equipes voltaram com a mesma formação para o segundo tempo. Mas a conversa do vestiário não surtiu efeitos sob os cruzeirenses. O Boca Juniors voltou pressionando novamente os celestes, tanto que, aos três minutos, Palácio perdeu um gol incrível, após receber passe de Palermo. O atacante invadiu a área sozinho e isolou.
Aos seis minutos, mais uma grande oportunidade xineize. O goleiro Fábio saiu mal, em um cruzamento na área, Palermo dominou, girou e bateu. Marquinhos Paraná salvou quase na linha. O Cruzeiro assustou com Charles, que arriscou de fora da aérea.
Com o time muito pressionado, o técnico Adílson Batista fez uma substituição arriscada. Tirou o atacante Guilherme e colocou o lateral Jonathan. Desta forma, Marcelo Moreno ficaria sozinho no ataque. Com a Raposa acuada, o Boca ampliou. Dátalo recebeu um excelente passe de Riquelme, driblou Thiago Heleno, e chutou alto, forte, marcando um golaço.
Com dois gols contra, o Cruzeiro teve a sua melhor chance. Ramires recebeu na entra da área e mandou uma bomba. Caranta fez excelente defesa. Mas o Boca voltou com carga máxima. Aos 25, Riquelme acertou o ferro de sustentação da trave celeste em cobrança de falta.
A melhor oportunidade de ampliar o placar saiu dos pés de Palermo. O atacante recebeu excelente passe, nas costas da zaga celeste, e saiu sozinho contra Fábio. O camisa 9 mandou por cobertura, mas a bola bateu caprichosamente na trave. No rebote, sem goleiro, Gonzáles chutou mal e mandou para fora.
Quando tudo parecia perdido, o Cruzeiro achou um gol que mudou a partida. Marcinho tocou rasteiro para Fabrício, o volante mandou de longe, a bola desviou em Gonzáles e enganou o goleiro Caranta, diminuindo o placar. O gol deixou os jogadores celestes mais animados e com mais força ofensiva, mas não conseguiu empatar o marcador.
Aos 40 minutos o Boca ainda teve uma excelente chance. Riquelme passou pela marcação e bateu forte no ângulo direito. Fábio pulou e espalmou para escanteio. No final do jogo, o bandeirinha Pablo Fandiño recebeu uma pedrada, atirada das arquibancadas e Jorge Larrionda encerrou a partida mais cedo.
As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte. Antes, porém, elas encaram os dois principais rivais no fim de semana. O Cruzeiro pega o Atlético Mineiro, no segundo jogo da final do Estadual, podendo perder por até cinco gols para ser campeão. Já o Boca encara o River Plate pelo Torneio Clausura.
FICHA TÉCNICA - BOCA JUNIORS 2 X 1 CRUZEIRO
Local: Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina)
Data: 30 de abril de 2008, quarta-feira
Horário: 17h40 (de Brasília)
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)
Assistentes: Pablo Fandiño e Miguel Nievas (ambos do Uruguai)
CARTÕES AMARELOS: Cárceres (Boca Juniors); Wagner, Jonathan (Cruzeiro)
GOLS: Riquelme, aos 6 minutos do primeiro tempo e Dátolo, aos 19 do segundo tempo (Boca); Fabrício, aos 32 do segundo tempo
BOCA JUNIORS: Caranta; Gonzáles, Maidana,.Cáceres e Monzón; Battaglia, Vargas (Ledesma), Riquelme e Dátolo (Chávez); Palácio e Martín Palermo. Técnico: Carlos Ischia
CRUZEIRO: Fábio; Marquinhos Paraná, Thiago Heleno, Espinoza e Henrique; Fabrício, Ramires, Charles e Wagner (Marcinho); Marcelo Moreno e Guilherme (Jonathan). Técnico: Adilson Batista