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Verdão implode a Ponte e encerra jejum: 5 a 0

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postado em 04/05/2008 16:07
Valdívia comemora título do Palmeiras Acabou o jejum alviverde. Depois de quase 12 anos de espera, a torcida palmeirense pode comemorar: o Palmeiras é o campeão paulista de 2008, com todos os méritos. A vitória por 5 a 0 sobre a Ponte Preta neste domingo, no Palestra Itália, sacramentou a 22ª conquista estadual do clube, desenhada já no primeiro jogo da decisão, domingo passado, em Campinas. Marcos, Élder Granja, Gustavo, Henrique, Leandro, Pierre, Martinez, Diego Souza, Valdívia, Kléber, Alex Mineiro, Diego Cavalieri, Bruno, Wendel, Léo Lima, Denílson, Makelele, Jorge Preá, Francis, Lenny, David, Deyvid Sacconi, Maurício, Luiz Henrique. Os novos heróis do Alviverde ficarão marcados para sempre na memória da torcida, independentemente do tamanho da participação de cada um na conquista consumada neste domingo, 4 de maio de 2008. No segundo e decisivo duelo contra a Macaca, disputado em um Palestra Itália lotado e colorido em vede e branco, a competência dos comandados de Wanderley Luxemburgo superou o mistério do rival Sérgio Guedes, que escondeu até os últimos instantes a escalação do zagueiro César e do meia Elias, destaques ponte-pretanos na boa campanha deste ano. Competência aliada à sorte, como mostrou Marcos ao defender com o corpo o chute forte do centroavante Luis Ricardo, que ainda desviou em Henrique, aos 16 minutos da etapa inicial. Competência de Alex Mineiro, que puxou contra-ataque rápido e sofreu falta de César, deixando o zagueiro ponte-pretano pendurado em campo já no início do duelo. E competência do lateral-esquerdo Leandro, que cobrou falta para a área aos 19 minutos e obrigou Ricardo Conceição a mandar contra a própria meta, traindo Aranha: 1 a 0. A partir deste momento, a maior emoção para os torcedores campineiros, que lotaram o espaço a eles destinado, foi a troca de chutes e pontapés com a Polícia Militar nas arquibancadas, repetindo o mau exemplo que já haviam dado diante do Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, no segundo jogo válido pelas semifinais. Dentro de campo, o Palmeiras foi soberano. A Ponte Preta não abdicou da partida, mas tentou o ataque de forma atabalhoada, facilitando o trabalho dos defensores alviverdes. Ainda no primeiro tempo, o até então tímido grito de ;é campeão; explodiu nas arquibancadas do Palestra quando, aos 34 minutos, Élder Granja foi ao fundo e cruzou para Alex Mineiro, de ;peixinho;, aumentar a vantagem: 2 a 0. Antes da descida para o intervalo, os ponte-pretanos reclamaram de pênalti em uma dividida de Gustavo com Renato dentro da área, mas Cléber Wellington Abade mandou a jogada seguir, para desespero do camisa dez campineiro, que viu a chance de ainda respirar na luta pelo título ir definitivamente por água abaixo. Alma lavada: Com a vantagem aumentada ao término do primeiro tempo, o Palmeiras, que já entrou em campo neste domingo podendo perder por até um gol de diferença para ser campeão, voltou para a etapa final sabendo que a taça já estava garantida na sala de troféus do Palestra Itália. Guerreira, a Macaca fez de tudo para terminar a competição de forma honrosa, mas quase levou o terceiro gol logo no primeiro minuto, em chute cruzado de Élder Granja, que triscou a trave direita do goleiro Aranha. No campo ofensivo, no entanto, o time de Sérgio Guedes pouco fez para assustar Marcos, à exceção de uma falta cobrada por Vicente, que bateu no ferro que segura as redes, e de um chute do mesmo Vicente, que obrigou o goleiro a fazer linda ponte. Embalado pelos gritos de ;é, campeão;, o Palmeiras seguiu desfilando em campo, para desespero de Luxemburgo, que pedia seriedade à beira do campo. Se Luxa pedia seriedade, a torcida pedia Denílson. Aos 20 minutos, o treinador atendeu e mandou o malabarista ao gramado no lugar de Kléber, desaparecido no jogo. Quem brilhou, no entanto, foi Alex Mineiro. Depois de uma nova confusão explodir nas arquibancadas, desta vez entre a PM e a torcida palmeirense, o Palmeiras desandou a fazer gols, devolvendo a paz ao Palestra Itália. Aos 28, Valdívia recebeu no meio, partiu para cima de César, fez a finta e soltou o pé direito: golaço. Na comemoração, o ;Mago; tirou a camisa e a atirou para longe, batendo entusiasmadamente a mão no peito. Dois minutos mais tarde, o que era festa, virou show. Valdívia, deitado no chão, fez o passe para Martinez, livre pela esquerda (e impedido, segundo as câmeras de tv). Com calma, o camisa 11 apenas rolou para o lado, onde Alex Mineiro, o artilheiro isolado do Paulistão, esperava para marcar seu 14º gol no campeonato. Dois minutos depois, novamente Alex Mineiro, agora em jogada individual, marcou seu terceiro no jogo, o quinto da goleada e o 15º na competição. Foi a senha para Wanderley Luxemburgo deixar o campo, como sempre faz em suas conquistas, e para o Palestra Itália explodir em um só grito: ;É, campeão;!

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