postado em 06/05/2008 16:29
De acordo com um estudo de comportamento de voz feito pela empresa Truster Brasil, o atacante Ronaldo pode ter mentido ao dar sua versão ao programa Fantástico a respeito do escândalo sexual envolvendo ele e mais três travestis no Rio de Janeiro (RJ).
"De acordo com a análise do programa, o Sr. Ronaldo parece não estar contando os fatos da forma como realmente teriam acontecido", afirmou o perito Mauro Nadvorny em seu relatório. "De acordo com o tipo de fala, pode ter ocorrido uma preparação prévia sobre o que deveria ser respondido com, ou sem, o conhecimento do que seria questionado", acrescentou.
Ronaldo acabou parando na delegacia na semana passada depois de ter combinado um programa com três meretrizes, que, segundo o Fenômeno, o extorquiram após ele se negar a pagar pelo serviço quando descobriu que todas eram travestis. Durante a entrevista, o jogador afirmou que só descobriu o mal-entendido quando chegou a um motel na Barra da Tijuca, zona leste do Rio de Janeiro (RJ).
No entanto, Nadvorny questiona a veracidade de tal alegação. "De acordo com a análise do programa, o Sr. Ronaldo não está sendo totalmente verdadeiro quando afirma que apenas chegando ao local teria comprovado tratar-se de travesti e que tentou concluir ali para poder retornar para casa", afirmou.
O perito também pôs em dúvida as declarações de que o atleta teria contado com o apoio de sua ex-namorada após o incidente, que Ronaldo estava totalmente sóbrio na ocasião e que um dos travestis não teria aceitado sua proposta de pagamento para tentar extorquí-lo.
Contudo, Nadvorny diz que o Fenômeno "está sendo verdadeiro quando afirma que não sabia que se tratava de travestis quando fez a abordagem" e quando afirma que "não teve relação sexual com estes". O laudo também aponta níveis de estresse aceitáveis e instabilidade emocional durante a entrevista, na qual nem todas as respostas foram analisadas pelos peritos.
"A análise da entrevista ficou um pouco prejudicada devido à sobreposição de falas, fazendo com que parte das respostas não pudesse ser analisada pela tecnologia, uma vez que não é possível a separação de vozes sobrepostas", finalizou Nadvorny.