Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Adriano e Washington usam valentia para imperar no Morumbi

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Adriano e Washington receberam seus apelidos na mesma época. No início dos anos 2000, o são-paulino virou Imperador na Itália e o jogador do Fluminense superou um problema cardíaco para se tornar o Coração Valente. Referências de suas equipes, ambos acertaram retorno ao futebol brasileiro pouco depois do dia 10 de dezembro, acordos intermediados pelo empresário em comum Gilmar Rinaldi. Nesta quarta-feira (14), eles prometem ser decisivos para os seus tricolores. ;Somos dois jogadores que podem resolver o jogo. Espero que o Coração Valente consiga levar a melhor sobre o Imperador;, avisou Washington, repetindo mais uma característica de Adriano, que também gosta de ser chamado pelo apelido. Quando chegou ao Morumbi, ao contrário, o centroavante tentou fugir do jogo de marketing. Bastaram algumas polêmicas para exigir que se referissem a ele como Imperador. Os altos e baixos também são coincidentes nas trajetórias de Washington e Adriano, que se apóiam ao trocar elogios. ;Até hoje, o Washington convive com o problema de saúde. Mas conseguiu dar a volta por cima e ser um grande jogador de novo. É um exemplo para todos nós;, disse o Imperador. ;O Adriano passou por uma fase ruim na carreira, mas é um ótimo jogador. Dentro da área, ele é um cara que decide, tanto pelo alto quanto por baixo. Precisamos tomar cuidado;, retribuiu o Coração Valente. Washington, aliás, espera ser decisivo não apenas dentro da área do adversário. Com praticamente a mesma estatura de Adriano, 1m89 contra 1m90 do Imperador, ele poderá ser escolhido pelo técnico Renato Gaúcho para parar o são-paulino nas cobranças de falta e escanteio. ;Não sei se sou eu quem irá marcá-lo nas bolas paradas, mas farei o máximo para ajudar a defesa do Fluminense. O jogo aéreo é um ponto forte do São Paulo e do Adriano;, reforçou. Pelo São Paulo, a atenção dos defensores está voltada para Washington, mesmo sabendo que o jogador do Fluminense amarga um jejum de sete jogos sem marcar. Enquanto o zagueiro Alex Silva lembra de tê-lo enfrentado em treinamentos como juvenil nos tempos de Ponte Preta (fato que o jogador do Fluminense esqueceu), seu companheiro Miranda o distingue do Imperador. ;São diferentes. O Adriano é mais rápido e forte. O Washington tem mais presença de área. Não podem ser marcados da mesma forma;, avisou o beque. Já o técnico Renato Gaúcho preferiu diminuir a responsabilidade de Washington. ;Não só ele, mas nossos 11 jogadores precisam estar ligados na partida;. O centroavante do Fluminense, entretanto, não foge do que os torcedores esperam: ;Esse é o tipo de jogo que gosto. Quero ser decisivo;. Adriano não deixa por menos. Revelado pelo Flamengo, ele esquece os clássicos cariocas disputados e também fala com entusiasmo sobre o duelo de quartas-de-final de Copa Libertadores: ;Meu principal jogo contra o Fluminense será agora. Espero ter boas recordações. Acredito muito nisso;. Certamente, a mesma valentia que os atacantes usaram para superar problemas pessoais estará em campo nesta quarta (14). Mas só um deles irá imperar nas semifinais da competição continental.