postado em 15/05/2008 12:33
A nadadora brasiliense Rebeca Gusmão não se abalou com a notícia divulgada nesta quinta-feira (15/05) de que está fora das competições oficiais por dois anos, conforme decisão da Federação Internacional de Natação (Fina). Em contato com o repórter Luiz Roberto Magalhães do Correio Braziliense, ela disse estar tranqüila e promete recorrer ao Conselho Arbitral do Esporte.
O assunto está sendo conduzido por seu advogado, André Ribeiro, e a expectativa, agora, é saber se o conselho, com sede na Suíça, julgará o processo a tempo de Rebeca ainda participar dos Jogos de Pequim, caso venha a ser absolvida da acusação de uso de doping. A nadadora tem índice para a competição nas provas de 50m livre e 100m livre.
Punição
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou nesta quinta-feira (15) um comunicado da Fina, entidade máxima dos esportes aquáticos, informando sobre suspensão de dois anos por doping da atleta. A punição a Rebeca é referente ao exame antidoping realizado no dia 13 de julho de 2007, durante os Jogos Pan-Americanos disputados no Rio de Janeiro.
Na ocasião, a prova e contraprova da urina da atleta apontaram DNA de pessoas diferentes. A suspensão da nadadora é válida a partir de 2 de novembro do ano passado e deve ser efetivada imediatamente. A atleta, de 22 anos, só poderá voltar às piscinas para eventos oficiais no fim de 2009.
Entenda o caso:
11 de setembro de 2007: O jornal O Globo afirma que Rebeca Gusmão foi flagrada em um exame antidoping, por uso de testosterona, realizado em maio de 2006, durante o Troféu José Finkel, no Brasil.
5 de novembro de 2007: O Correio Braziliense divulga, em primeira mão, que um exame antidoping detectou índices elevados de testosterona no organismo de Rebeca em competição disputada em 2007. No mesmo dia, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), em nota oficial, confirma que foi comunicada pela Federação Internacional de Natação (Fina) sobre o doping, detectado em exame feito em 13 de julho. A atleta é suspensa preventivamente e perde as medalhas e os resultados obtidos na competição.
7 de março de 2008: Acontece o julgamento na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne, na Suíça, sobre o caso de 2006. Três dias depois, ocorre o Painel Antidoping da Fina, também em Lausanne, para julgar o caso do Pan.
9 de maio de 2008: Os advogados de Rebeca recebem um fax do CAS informando que a entidade suíça se considera incapaz de condenar a atleta pelo doping de 2006. Para os advogados, isso significa o mesmo que uma absolvição.
15 de maio de 2008: A Confederação Brasileira de Desportos Aquátidos (CBDA) anuncia o resultado do Painel Antidoping da Fina referente ao caso de doping de Rebeca Gusmão nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. A Fina considerou a atleta culpada e a suspendeu por dois anos. Os advogados da nadadora disseram que irão recorrer ao CAS para tentar reverter a sentença.