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Nos pênaltis, Manchester supera Chelsea e se torna tricampeão

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postado em 21/05/2008 18:22

Em jogo emocionante e de muito sofrimento, o Manchester United precisou dos pênaltis para levantar pela terceira vez a taça da Liga dos Campeões da Europa.

Após um empate em 1 x 1 no tempo normal, com cada uma das equipes dominando um tempo, a prorrogação saiu sem gols e com confusão. E nos pênaltis Van der sar virou herói ao garantir a vitória por 6 x 5.

A repetição da cena já vista em 1968 e 1999, com a camisa vermelha fazendo a festa, se deve ao primeiro tempo do Manchester, que jogou melhor e abriu o placar em cabeçada de Cristiano Ronaldo aos 25 minutos. Aos 44, o Chelsea deu sorte e empatou com Lampard. Na segunda etapa, os azuis foram melhores, mas não marcaram e, nos pênaltis, saiu a vitória do time de Alex Ferguson.

O jogo

Mais ofensivo em toda a temporada, o Manchester não abdicou de sua força no ataque para mostrar ao Chelsea que pressionar em jogadas rápidas pelas laterais seria sua arma para sair da Rússia com o bicampeonato europeu. Rooney, Tévez e principalmente Cristiano Ronaldo, posicionado na esquerda, se movimentavam para aproveitar os cruzamento de Hargreaves.

Nervoso desde o primeiro minuto da decisão, o Chelsea, mesmo com quatro jogadores com bom toque de bola no meio-campo (Ballack, Lampard, Malouda e Joe Cole), apostava apenas em lançamentos longos para Drogba trombar com a zaga vermelha. Estratégia que facilitou a vida do time de Alex Ferguson.

Surpresa na escalação, Hargreaves não abdicava de aparecer pelos lados do campo. Da direita, viu seus passes pelo alto inicialmente serem cortados pelos defensores azuis. As chances, porém, aumentavam com a subia dos Red Devils, que trocavam passes em seu campo ofensivo com tranqüilidade.

Aos pouco, Cristiano Ronaldo foi aparecendo mais na partida e mostrando que seu potencial poderia ser decisivo. Aos 15 minutos, deu a primeira mostra de sua coleção de dribles pedalando em cima de Essien e chegando à linha de fundo para cruzar para Tévez. A bola saiu forte e o argentino não conseguiu alcançar.

O Manchester descobriu que na esquerda poderia crescer em campo, e era ajudado pelos Blues, que não conseguia manter a bola em seu domínio. A equipe de Avram Grante só conseguiu assustar nos primeiros 20 minutos em erro de Tévez, que deu a bola para Lampard cruzar na área. O gol não saiu porque Ferdinand se antecipou.

Aos 25 minutos, a justiça no jogo foi feita. E com o principal craque. Após cobrança de lateral na direita, Brown e Scholes trocaram passes com tranqüilidade até que o meio-campista achou espaço para cruzar na segunda trave. Lá estava Cristiano Ronaldo, que subiu mais alto que Essien e testou no canto esquerdo, sem chances para Cech.

O gol acordou o Chelsea. Mas a alternativa, que antes era de lançamentos imprecisos, passou a ser nos chutes de fora da área, todos sem grandes sustos para Van der Sar. Mesmo com mais posse de bola, o time não criava. Só fez sua torcida se levantar em cruzamento de Lampard que Drogba não colocou nas redes porque Ferdinand se antecipou, quase fazendo gol contra.

Mais calmo, o Manchester adiantava a marcação para aumentar a vantagem nos contra-ataques. E não teve o desejo realizado graças a Cech. Aos 34 minutos, Cristiano Ronaldo cruzou para Tévez, que cabeceou na pequena área e obrigou o goleiro a defender à queima-roupa. No rebote, Ricardo Carvalho cortou nos pés de Scholes, que viu o arqueiro fazer outra linda defesa.

Aos 41 minutos, nova grande tentativa dos Red Devils em contragolpe que Rooney cruzou rasteiro na área. Tévez se jogou, mas não chegou a tempo de tocar para as redes e só resvalou na bola, insuficiente até para evitar o lateral para o Chelsea. E a seqüência de gols perdidos pelo Manchester foi castigada.

Aos 44 minutos, Essien, com um chute aparentemente despretensioso da entrada da área, recolocou seu time no jogo. O arremate do ganês resvalou na defesa do Manchester e sobrou limpa para Lampard aparecer como centroavante dentro da área e empatar, com Van der Sar já batido.

O empate reanimou a equipe londrina no segundo tempo. A equipe de Avram Grante voltou do intervalo muito melhor e, apesar do Manchester ter mais domínio de bola nos primeiros momentos, o domínio foi amplo do time azul, a ponto de fazer uma pressão entre os 9 e 11 minutos que só não se tornou gol por sorte vermelha.

O bombardeio do Chelsea começou após lindo lance de Cristiano Ronaldo, que lançou Evra para cruzar forte, sem chances para Hargreaves completar. No contra-ataque, a bola não saiu mais da defesa de Alex Ferguson.

Na primeira tentativa, Essien disparou e bateu rente ao ângulo de Van der Sar. Depois, foi Lampard que cruzou e viu Ferdinand novamente cortar lançamento para Drogba. Na seqüência, Ballack assustou em arremate de fora.

Acuado, o Manchester adiantou a marcação para reequilibrar a partida. Conseguiu apenas segurar o ímpeto rival e só criou em lance de Cristiano Ronaldo na esquerda em cima de Ashley Cole, que o português chutou para fora.

Já o Chelsea soube se aproveitar do maior espaço para partir em contra-ataques fulminantes, mas ineficientes para desempatar a partida. Esteve perto do segundo gol em chute de Drogba da entrada da área, aos 32 minutos, que carimbou a trave de Van der Sar.

Depois do lance, os azuis não deixarão mais o campo ofensivo, mas não conseguiam abrir espaços para grandes chances, já que o Manchester passou a marcar melhor principalmente a entrada da área. E assim a decisão caminhou para a prorrogação.

A prorrogação


E no tempo extra, assim como na segunda etapa do tempo normal, o Chelsea começou melhor e com três minutos acertou o travessão de Van der Sar em lindo giro de Lampard na zaga vermelha. A partir daí, contudo, os Blues foram derrotados por suas cãibras e deram espaço para o Manchester.

No contra-ataque, Evra partiu pela esquerda e rolou para trás, de onde chegava Ryan Giggs para tocar no gol vazio. O desempate só não aconteceu porque John Terry se esticou e evitou o gol. Na seqüência, os lances não se transformavam em gols e a emoção ficou na confusão no final do segundo tempo da prorrogação.

Perto do final do tempo extra, jogadores do Chelsea caíram e esperavam Fair Play do Manchester, mas Tévez seguiu jogando e irritou os londrinos, formando confusão em Moscou. Na confusão, o argentino e Ballack receberam o amarelo e Drogba, que agrediu Vidic, foi expulso. Desfalque importante para os pênaltis.

Os pênaltis

E nas cobranças, Cristiano Ronaldo virou vilão ao perder sua oportunidade, mas Terry, que tinha a chance de dar o título ao Chelsea, bateu para fora. E Van der Sar fez linda defesa no chute de Anelka para garantir a festa em Manchester.

FICHA TÉCNICA:
MANCHESTER UNITED (6) 1 X 1 (5) CHELSEA


Local:
Estádio Luzhniki, em Moscou (RUS)
Data: 21 de maio de 2008, quarta-feira
Horário: 15h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Lubos Michel (ESL)
Auxiliares: Roman Slysko (ESL) e Martin Balko (ESL)
Cartões amarelos: Scholes, Ferdinand, Vidic e Tévez (Manchester); Makelele, Ricardo Carvalho, Essien e Ballack (Chelsea)
Cartão vermelho: Drogba (Chelsea)

Gols: MANCHESTER: Cristiano Ronaldo, aos 25 minutos do primeiro tempo.
CHELSEA: Lampard, aos 44 minutos do primeiro tempo.


MANCHESTER:
Van der Sar; Brown (Anderson), Ferdinand, Vidic e Evra; Carrick, Scholes (Giggs), Hargreaves e Cristiano Ronaldo; Rooney (Nani) e Tévez.
Técnico: Alex Ferguson


CHELSEA:
Cech; Essien, Terry, Ricardo Carvalho e Ashley Cole; Michael Makelele (Belleti), Ballack, Lampard e Malouda (Kalou); Joe Cole (Anelka) e Drogba
Técnico: Avram Grant

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