postado em 03/06/2008 09:32
O inglês Max Mosley, presidente da FIA, continuará no comando da entidade máxima do automobilismo. Nesta terça-feira (03/06), em Paris, ele recebeu um voto de confiança das federações nacionais, em assembléia extraordinária convocada após o escândalo sexual envolvendo o dirigente, publicado no início de abril.
Por 103 votos a 55 - com sete abstenções e quatro nulos -, Mosley teve aprovada sua permanência no cargo até outubro de 2009, quando chega ao fim seu quarto mandato à frente da federação.
A Federação Alemã (ADAC), maior organização automobilística da Europa, reagiu à votação rompendo relações com a FIA. "Continuaremos assim enquanto Max Mosley estiver no cargo de presidente", disseram os alemães em nota oficial.
Os norte-americanos também reagiram com protestos ao resultado. "Este é um dia muito triste para a FIA", afirmou Robert Darbelnet, delegado do país na assembléia. "Ainda precisamos considerar se continuaremos nos relacionando com uma entidade que é condescendente com esse tipo de comportamento;.
O escândalo envolvendo Max Mosley começou quando o tablóide inglês News of The World publicou vídeos e fotos do dirigente em um apartamento com prostitutas. O episódio foi classificado pela imprensa inglesa como uma "orgia sadomasoquista com conotação nazista".
O pai de Max, Edward Mosley, foi presidente da maior organização fascista britânica, e era amigo de Adolf Hitler. O fato repercutiu de forma imediata na Fórmula 1, com equipes e outros dirigentes - notadamente Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da categoria - pedindo a saída do presidente da FIA.
Mesmo com a decisão pelo voto de confiança, é difícil que Mosley mantenha-se no cargo por mais um mandato, depois de outubro de 2009. Antes mesmo do escândalo, o inglês, de 68 anos, já falava em deixar o comando da FIA.