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Giba sonha com tri na Itália e garante seleção até 2010

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postado em 06/06/2008 17:47
Na briga pelo bicampeonato dos Jogos Olímpicos em Pequim, o ponta Giba tem planos de longevidade com a seleção brasileira masculina de vôlei. Se depender de sua vontade, o atacante segue com o grupo até o Mundial de 2010. E acredita na permanência do técnico Bernardinho por mais um ciclo. Time a ser vencido na China, o grupo brasileiro sabe que ser "caçado" em quadra, mas encara situação com tranqüilidade.

"Ao longo dos anos a gente aprendeu a lidar com esta pressão. É só ter tranqüilidade e este grupo tem humildade suficiente para saber que este é mais um campeonato. Não é outro, é o primeiro e é o mais importante", lembra. Campeão mundial em 2002 e 2006, além do bi olímpico, Giba tem outro grande sonho com a seleção. Depois de cinco temporadas defendendo clubes italianos (Ferrara e Cuneo), o ponta sonha em se despedir da seleção em grande estilo, no palco de grandes conquistas.

"Minha idéia é continuar na seleção até 2010. Ganhar o tricampeonato mundial dentro da Itália seria mesmo para fechar com coroa, com medalha de ouro. Aí, é voltar para o Brasil e encerrar a carreira jogando mais duas Superligas dentro de casa", diz, prometendo manter o bom senso sempre alerta para o momento de sair. "Não vou, de modo algum, continuar na seleção para atrapalhar alguém ou tomar o lugar de alguém pelo meu nome ou pelo que conquistei. Tenho autocrítica para saber que quando alguém está melhor que eu, tenho simplesmente de ceder o lugar".

Apesar de ainda estar longe, Giba já tem uma noção do que fará quando deixar as quadras e garante que uma carreira como treinador não o seduz. "Ser técnico não é uma coisa que me atrai. Prefiro um outro tipo de desafio, fazer parte da equipe de dirigentes, por exemplo. Como técnico será muito difícil vocês me verem", avisa, frustrando as expectativas de quem o considerava um possível sucessor de Bernardinho na seleção.

Aliás, por conhecimento próprio, Giba acredita que o cargo não estará vago tão cedo. "Ele querer descansar? É ruim, não vai querer não, eu conheço ele", brinca o jogador, comentando a possibilidade de o treinador estar cansado da rotina do cargo. "Acho que ele continua mais um ciclo. Até porque a geração que está vindo é muito forte, com alguns que vão permanecer mais uns quatro anos, mesclando experiência com juventude". Apesar dos primeiro sinais da transição, Giba discorda que seja o fim de uma geração. "É o final deste grupo. O final de uma família", simplifica.

Pisando no freio

Para que a meta de defender a seleção até 2010 em alto nível seja viável, Giba pretende diminuir o ritmo na próxima temporada. Com calendário cheio pelos compromissos com o clube russo Iskra Odintsovo, o ponta pretende priorizando apenas alguns torneios com a seleção.

Prestes a completar 15 anos defendendo a equipe nacional, o ponta estuda com o técnico Bernardinho e o presidente da Confederação o calendário de 2009. "No ano que vem tem dois campeonatos importantes que são a Liga Mundial e a Copa dos Campeões, no Japão. Devem ser os dois que vou participar e vou dar uma descansada no resto do ano. Fico fora da Copa América, Sul-americano e estas coisas ou fico fora da Liga e jogo o restante do ano".

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