postado em 17/06/2008 14:53
Após o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos (Bocog) ter anunciado que a passagem da tocha pelo Tibete seria adiada, as autoridades chinesas não se manifestaram a respeito do assunto. Nesta terça-feira (17/06), o governo manteve silêncio.
O símbolo das Olimpíadas está em Urumqi, capital da região autônoma de Xinjiang, onde permanecerá até sexta-feira (20/06). Assim, a previsão para que a tocha chegue ao Tibete é neste sábado (21/06). Para evitar que protestos e tumultos ocorram, medidas de segurança rígidas foram tomadas em Kashgar, cidade vizinha à fronteira com o Paquitsão, onde há grupos militantes da minoria muçulmana uigur.
Nicholas Becquelin, ativista da Human Rights Watch, afirmou que "nos últimos três meses, uma proibição total foi imposta a atividades religiosas e aglomerações de pessoas fora das mesquitas controladas pelo Estado, como grandes celebrações de casamentos e peregrinações nos locais sagrados para os muçulmanos".
Foram instalados postos de bloqueio em todas as entradas da cidade e pessoas que não moram por lá foram proibidas de visitá-la nos dias da passagem da tocha.
No entanto, as autoridades mostram maior preocupação com o Tibete, devido ao grande número de protestos contra a China que aconteceram nos últimos meses. Nesta terça, na Índia, foram presos 50 exilados tibetanos que participavam de uma "marcha do retorno", que tinha por objetivo chegar à fronteira com a China em 8 de agosto, data da Cerimônia de Abertura das Olimpíadas.