postado em 20/06/2008 16:49
Dunga está cada vez mais pressionado no comando da seleção brasileira. Depois de ter sido vaiado, xingado de jumento e ouvido o adeus da torcida mineira durante o empate sem gols contra a Argentina, quarta-feira, o treinador passou por mais uma saia justa na noite de quinta. Desafeto de Ronaldinho Gaúcho desde os tempos em que defendia o Internacional e sofria com os dribles da jovem revelação gremista, Dunga sentiu o golpe ao ver o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, conceder entrevista ao Jornal Nacional defendendo a presença de Gaúcho na seleção olímpica. "Ele é um jogador que pode fazer uma grande Olimpíada e ajudar muito o Brasil nas Eliminatórias", sintetizou o chefão da CBF.
O treinador não tem atendido as ligações feitas para seu telefone celular e não parece disposto a conceder entrevistas para ninguém. Chateado, optou pelo silêncio até sua próxima aparição pública, na noite desta sexta-feira, quando reunirá o grupo convocado para o amistoso entre a seleção olímpica e um combinado carioca, domingo, às 11 horas, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Pessoas próximas ao comandante da seleção brasileira acreditam que o silêncio é intencional e especulam a possibilidade de o treinador anunciar seu desligamento do comando da equipe assim que terminar o amistoso.
Nos bastidores da CBF, os nomes dos possíveis substitutos já começam a ganhar corpo. O grande favorito é Paulo Autuori, que atualmente está preso por contrato aos Emirados Árabes, mas Wanderley Luxemburgo também é visto com bons olhos. O problema é que o treinador do Palmeiras é muito amigo de Marco Antônio Teixeira, sobrinho do presidente da entidade, mas, atualmente, de relações cortadas com o tio.