postado em 20/06/2008 17:10
A marca negativa alcançada pelo ataque da seleção brasileira após o jogo contra a Argentina, quando completou 298 minutos sem marcar um único gol (três jogos completos e 28 minutos do amistoso contra o Canadá) segue repercutindo dois dias após o encontro do Mineirão. Nesta sexta-feira, depois de participarem de um evento no estádio do Pacaembu ao lado de Kaká, Fred e outros atletas, os atacantes Luis Fabiano, do Sevilla, e Grafite, do Wolfsburg, foram abordados sobre o assunto. E bateram cabeça ao tentar justificar os motivos da má fase.
"Acho que é uma coisa natural, pois o Brasil não está em uma fase legal e encontrando dificuldades nos jogos. O time não está criando muito e, sem muitas chances, fica mais difícil marcar", opinou Luis Fabiano, que participou das três partidas de jejum do Brasil, contra Venezuela, Paraguai e Argentina.
Já Grafite, que vem fazendo muitos gols no Wolfsburg, da Alemanha, discordou do ex-companheiro de São Paulo. Para o jogador, que participou de um amistoso da seleção brasileira contra a Guatemala, em 2005, as oportunidades de gol têm surgido, mas não são aproveitadas. "O Brasil vem criando e, contra a Argentina, poderia ter feito um ou dois gols, mas os jogadores que estão lá têm qualidade e irão reverter esse momento difícil logo", apostou o ex-jogador do Tricolor.
A dupla só mostrou entrosamento quando questionada sobre o motivo do longo jejum, o maior desde 2001, na época de transição do comando entre Leão e Luis Felipe Scolari (derrotas para Austrália, Uruguai e México). Para Grafite e Luis Fabiano, o problema é a forte marcação dos adversários. "Temos que ressaltar a qualidade dos adversários da seleção", lembrou Grafite. "Os adversários estão dificultando bastante, não deixando a gente jogar, marcando melhor e não dando espaço, mas o grupo está fechado e buscando melhorar", completou Luis Fabiano.