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Nos pênaltis, Casillas brilha e Espanha elimina Itália da Eurocopa

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postado em 22/06/2008 18:31
Duas das principais seleções européias, Espanha e Itália disputaram um jogo pragmático neste domingo, para a definição do último classificado para as semifinais da Eurocopa-2008. Depois de um empate por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, quem acabou levando a melhor no desempate por pênaltis e ganhou o direito de enfrentar a Rússia na etapa seguinte foi a Espanha, com um placar de 4 a 2 nas cobranças. As duas equipes fizeram um jogo insosso durante os 90 minutos, com pouquíssimos lances de perigo para os goleiros. Sem um gol de nenhuma equipe, o duelo foi para a prorrogação. Mas nem no tempo extra espanhóis e italianos conseguiram marcar, e apenas nas penalidades o time comandado pelo técnico Luís Aragonés assegurou a vaga na etapa seguinte. Agora, a Fúria decide uma vaga na final européia contra a Rússia, que no sábado superou a sensação do torneio até então, a Holanda, também no tempo extra. Depois de um empate por 1 a 1 no tempo normal, os russos marcaram duas vezes na prorrogação graças a uma atuação destacada do meia Arshavin e sacramentou a vaga nas semis com um placar de 3 a 1. O jogo As duas seleções começaram o jogo de forma parecida: cautelosas. Só que o respeito entre espanhóis e italianos foi tanto que poucos lances ofensivos foram construídos. A Fúria, contudo, acabou conseguindo se manter mais tempo no ataque por ter mais disposição, e levou mais perigo a Gianliuigi Buffon. As únicas duas oportunidades em que a Azzurradeu um pouco de trabalho ao goleiro Iker Casillas saíram de bola parada. Na primeira delas, Ambrosini cruzou da esquerda e Simone Perrotta cabeceou sozinho na grande área, mas sem força suficiente para dificultar a vida do arqueiro espanhol. Na segunda, Antonio Cassano levantou e Luca Toni conseguiu desviar, mas a bola bateu em Carlos Marchena antes mesmo de entrar na pequena área. Os italianos tinham problemas para construir as jogadas de ataque, sobretudo pelos destaques dos meio-campistas Gennaro Gattuso e Andrea Pirlo, suspensos. Além disso, a seleção atual campeã mundial não tinha um Cassano inspirado, e ficava ainda mais difícil penetrar na defesa adversária. Do outro lado do campo, a Espanha, titular, foi mais perigosa, e teve a melhor chance do primeiro tempo aos 37 minutos de jogo. Fernando Torres avançou pela esquerda, driblou Zambrotta e deixou o italiano no chão, limpou o segundo marcador e chutou. A zaga italiana cortou no meio do caminho, mas David Silva pegou o rebote e chutou cruzado. A bola passou muito perto da trave direita de Buffon, mas saiu pela linha de fundo. A Fúria ainda teve mais algumas chances de perigo ao longo do primeiro tempo, todas elas em chutes da entrada da área. Diante de uma defesa italiana bem postada, contudo, restava aos espanhóis apenas os chutes de longa distância, todos eles bem defendidos por Buffon. Os dois treinadores voltaram para o segundo tempo com a mesma equipe, mas efetuaram as primeiras mudanças antes dos 15 minutos: na Itália, saiu Simone Perrotta para a entrada de Mauro Camoranesi, enquanto a Espanha trocou Xavi e Iniesta por Santi Cazorla e Cesc Fabregas. O jogo ficou um pouco mais movimentado com as alterações, e logo aos 16 minutos a Itália teve seu lance de mais perigo até então. Depois de bate-rebate na área espanhola entre Toni, Puyol e Marchena, a bola sobrou para Camoranesi já na linha da pequena área, e Casillas salvou o chute do argentino naturalizado italiano com a perna esquerda. O segundo tempo, no entanto, continuou morno. A Espanha seguiu pressionando e teve algumas chances em contra-ataques, mas pecava no último passe e sequer conseguia finalizar. A Fúria, no entanto, teve uma grande chance quase que ;por acaso;: Marcos Senna arriscou de fora da área e Buffon se preparou para encaixar, mas deixou a bola escapulir de suas mãos. Quem ;salvou; a Itália foi a trave direita, onde a bola se chocou caprichosamente. Os dois treinadores mexeram mais uma vez no ataque de suas equipes: Donadoni tirou Cassano, apagado até então, e promoveu a entrada de Antonio Di Natale. Aragonés, por sua vez, sacou Fernando Torres, que vinha criando problemas para a defesa italiana, e colocou Daniel Güiza. Melhor em campo do que o parceiro de ataque David Villa, El Nino deixou o campo insatisfeito com a alteração. Mesmo com as mudanças, nenhuma equipe conseguiu balançar as redes no tempo normal, e a partida precisou ir para a prorrogação. E, assim como aconteceu durante o tempo normal, a Espanha se manteve no ataque. Logo aos dois minutos, o time de Aragonés teve uma grande chance, mais uma vez com um chute de longa distância. David Silva pegou rebote da zaga italiana e arriscou com força, tirando tinta da trave esquerda de Buffon. A Itália, contudo, respondeu logo em seguida, em mais uma jogada aérea. Camoranesi levantou na cabeça de Di Natale, que ganhou da marcação e desviou para o gol. Casillas se esticou e salvou a Espanha com a ponta dos dedos. Mas a primeira etapa da prorrogação não teve mais emoção, e muito menos a segunda. O jogo continuou marcado por uma apatia das duas equipes, que abusavam nos erros de passe. O placar inalterado fez com que os pênaltis fossem a única maneira de definir o classificado.

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