Superesportes

Paulo Bassul revela detalhes do caso Iziane, na seleção de basquete

;

postado em 24/06/2008 20:45
O técnico da equipe brasileira de basquete feminino, Paulo Bassul, explicou nesta segunda-feira todas as causas que o levaram a tomar a decisão de não convocar a ala Iziane para as Olimpíadas de Pequim, em agosto. Para Bassul, o problema ocorrido no Pré-olímpico, em junho, foi apenas a gota d'água, último ato de uma série de atitudes egoístas da jogadora perante o grupo. "Aquilo ali, para o público foi o inicio de uma crise, mas, para nós, foi o fim. As coisas são de origem interna e eu já tive situações anteriores a essa", disse o técnico, em entrevista à Sportv. O treinador da seleção brasileira ainda comentou toda a trajetória da relação profissional entre os dois, desde as categorias juvenis, quando, de acordo com ele, ela já demonstrou problemas que o preocuparam. "No mundial juvenil, a primeira competição que eu trabalhei com ela, ela era tida como a melhor daquela geração. Quando ela ficava muito marcada, ela continuava chutando. Quando é assim, a jogadora tem que distribuir o jogo, e ela não sabe fazer isso", analisou Bassul, que disse ter aconselhado Iziane diversas vezes nos últimos anos. Segundo o técnico brasileiro, o desempenho dela, apesar de muito bom nas cestas, era fraco em outros fundamentos, o que prejudicava não só ela, mas toda a equipe. "No item cesta, ela era a melhor, mas em eficiência, era a nona. Chamei ela de lado e disse que ela poderia ser mais útil para o time, poderia equilibrar seu jogo, mas a reação dela foi horrorosa. Ela jogou o 1º quarto e não foi sequer uma vez para a cesta", disse o técnico, que revelou o que disse a jogadora na ocasião: "Você não valoriza minha cesta, então eu não vou mais", teria dito Iziane. Em 2003, Iziane foi para a WNBA, e recusou a convocação para o Mundial sub-21. Para o treinador, "ali foi o primeiro sinal de alerta. A equipe cresceu sem ela, o que deveria ter sido bom para a jogadora, porque ela poderia entender a situação". O individualismo de Iziane, porém prosseguiu: "A ordem dela está invertida, ela não pensa na equipe. Dificilmente ela renova com o mesmo time, justamente por causa desse tipo de situação", disparou. O treinador ainda contou um outro episódio, desta vez pelo Ourinhos. "Titulo pra ela é secundário, tanto que ela não foi nem na comemoração, ela se mandou, e não comemorou com as companheiras", finalizou Bassul, se referindo ao título da equipe paulista no campeonato nacional.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação