postado em 29/06/2008 10:29
Brasil 5 x 2 França
Bons tempos aqueles
O torcedor brasileiro de hoje não tem boas recordações da França, que levou a melhor nos três últimos confrontos em copas do mundo: 1986 (quartas-de-final), 1998 (final) e 2006 (quartas-de-final). Mas, em 1958, o Brasil tinha um time inspirado, motivado, criativo, genial. Era o confronto entre o melhor ataque ; a França terminaria a competição com 23 gols, em terceiro lugar ;, e a melhor defesa ; Gilmar ainda não havia sido vazado até a semifinal. Nem Fontaine, artilheiro com incríveis 13 gols (marca imbatível até hoje em mundiais), foi capaz de fazer sombra à brilhante atuação brasileira. O centroavante francês até marcou o dele, mas Pelé fez três. Vavá e Didi (com a famosa "folha seca") fecharam a conta dos 5 x 2. O time canarinho ganhava o direito de disputar mais uma final de Mundial, a exemplo de oito anos antes, quando o Uruguai de Gigghia fez chorar mais de 200 mil pessoas no Maracanã. Estava chegando a hora de apagar a tristeza do maracanazo, por meio do futebol-arte. O Brasil ainda não havia faturado o título, mas os jogadores já haviam conquistado o mundo.
24 de junho
BRASIL
Gilmar; De Sordi, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo Técnico: Vicente Feola
FRANÇA
Abbes; Kaelbel, Lerond e Penverne; Jonquet e Marcel; Wisnieski, Fontaine, Kopa, Piantoni e Vincent
Técnico
: Albert Batteux
Gols
: Vavá, aos dois, Fontaine, aos nove, e Didi, aos 39 minutos do primeiro tempo; Pelé, aos sete, aos 19 e aos 30, e Piantoni, aos 38 minutos do segundo tempo
Árbitro
: Benjamin Griffiths (Gales)
Local:
Estádio Rasunda, em Estocolmo
Público
: 27 mil espectadores