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Juliana não teme falta de entrosamento com Larissa em Pequim

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postado em 01/07/2008 16:44
No início de uma dura batalha para estar nas Olimpíadas de Pequim, a atleta de Juliana Felisberta da Silva, do vôlei de praia, está otimista. Ao mesmo tempo em que mantém uma fé inabalável na recuperação de uma ruptura parcial do ligamento cruzado anterior do joelho direito, ela garante que ela e Larissa não terão o menor problema de entrosamento quando voltarem a atuar juntas. Ainda não há um planejamento de amistosos ou torneios internacionais definido, mas, se ela só voltar nas Olimpíadas, serão quase dois meses sem atuar juntas. Algo, entretanto, que está longe de preocupar Juliana. "Nós já nos conhecemos e jogamos juntas há, pelo menos, cinco anos", argumenta a atleta. "Já nos conhecemos há muito tempo e começamos a jogar vôlei de praia juntas em Fortaleza. Posso dizer que nos entendemos no olhar e, por isso, não haveria falta de entrosamento;, emenda. De acordo com as regras da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), se um jogador classificado para as Olimpíadas se machucar e não puder jogar em Pequim, ele pode ser substituído por um reserva que tenha disputado ao menos oito etapas do Circuito Mundial entre 1º de janeiro de 2007 e 20 de julho de 2008, período em que foram disputadas as etapas que valeram como seletiva para o torneio. Porém, quase duas semanas após o susto, Juliana não quer pensar em ser substituída. "Estou fazendo fisioterapia intensiva no meu centro de treinamento em Fortaleza e minha fé é muito grande. Confio muito em Deus e agradeço a Ele pela oportunidade que me deu de jogar vôlei, que é a minha vida", afirma a jogadora, que se machucou durante a disputa do Grand Slam de Paris do Circuito Mundial em 18 de junho, apenas três dias depois de ter garantido a vaga olímpica. A primeira semana após o susto foi quase que de repouso, com sessões de gelo a cada duas horas. Já andando normalmente sem sentir dores em nenhum tipo de movimento, ela atualmente faz três sessões diárias de fisioterapia com o profissional Jullius Queiroz, além de hidroterapia, drenagem linfática, laser e ultrassom. Nesta semana, inicia-se o trabalho de reforço muscular. "Dependendo da minha evolução, na terceira semana, o trabalho pode ser intensificado", anima-se a atleta, que ainda não tem data prevista para voltar a treinar com bola. "Tudo vai acontecer de acordo com a minha evolução", explica. Nesta semana também deve chegar uma joelheira importada dos Estados Unidos, que ajudará Juliana no retorno aos treinos. Enquanto isto, Larissa segue preparação normal ao mesmo tempo em que executa um importante trabalho para animar a parceira. "Ela continua treinando forte em Fortaleza e tem sido fundamental na minha recuperação. A Larissa me dá apoio diariamente e confia que poderei ficar boa", garante. Manifestando grande vontade de lutar por uma medalha de ouro, Juliana optou por não operar o joelho, tratamento recomendável no caso dela - a opção foi baseada em exemplos do passado. "Eu já havia conversado com Clemens Doppler, um jogador da Áustria que me disse que sofreu essa lesão e voltou a jogar em 40 dias. Isso aconteceu há quatro anos, ele não chegou a fazer cirurgia e vai para as Olimpíadas de Pequim", comenta a atleta, que também cita o exemplo de uma compatriota. "A Adriana Behar teve um caso como o meu. Ela rompeu o ligamento em 1995 e, sem operar, jogou até este ano", enche-se de esperança. O otimismo é tanto que ela sequer imagina a possibilidade de algo não der certo. "Quero fazer o tratamento da melhor forma possível para ter condições de chegar em Pequim. É nisso que estou concentrada nesse momento e quero manter meu pensamento sempre positivo", finaliza Juliana.

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