postado em 08/07/2008 19:29
Convocado segunda-feira pelo técnico Dunga como um dos três jogadores com idade acima de 23 anos para a disputa dos Jogos Olímpicos de Pequim, o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho está otimista em ajudar o Brasil a conquistar a inédita medalha de ouro a partir do próximo dia 7 de agosto, diante da Bélgica.O fato de o Barcelona ter divulgado em seu site oficial que não liberará o jogador para participar das Olimpíadas não pareceu incomodar o craque, que nesta terça-feira participou de um evento beneficente no Clube Hebraica, zona sul da capital, como técnico de um time de futsal.
"Sou muito positivo e não penso em nada que não seja coisa boa. Essa parte (da liberação) eu deixei para o meu irmão (Assis) cuidar, pois meu foco está na minha preparação. Eu não me vejo fora de Pequim. Me imagino nas Olimpíadas, fazendo coisas boas e trazendo a medalha de ouro", avisou.
O craque garantiu que não se sente mais pressionado por ter sido ;convocado; pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e garantiu que seu relacionamento com o técnico Dunga, com quem conversou no último domingo, nos Estados Unidos, é o melhor possível.
"Todos estão sendo convocados pelo treinador e pelos demais membros da comissão técnica. Eu estou muito motivado e feliz com essa convocação e o objetivo é trabalhar ao máximo para chegar bem aos Jogos. Com relação ao Dunga, nosso contato foi rápido, mas agradável. Nada demais".
Ronaldinho pretende aproveitar da melhor forma possível a sua segunda chance de buscar o ouro olímpico (a primeira foi na Austrália, em 2000), e não vê um aumento de pressão pelo fato de a seleção brasileira jamais ter alcançado tal feito.
"Para mim é uma alegria enorme disputar a segunda Olimpíada, uma honra que poucos jogadores têm. Minha cabeça está voltada para conquistar o que escapou da última vez", avisou. "Acho que não se trata de uma cobrança, e sim de uma motivação maior, pois podemos entrar para a história e não há motivação maior do que essa", finalizou.
Assis cauteloso
Se Ronaldinho está confiante em obter a liberação, Roberto Assis, irmão e empresário do jogador, preferiu adotar a cautela quando abordado sobre o assunto: "Acho a seleção brasileira muito importante e o fato de o presidente ter aberto essa oportunidade junto com a comissão técnica também. Tudo o que puder ser feito para o Ronaldinho estar em Pequim será feito", avisou, emendando, na seqüência, um alerta:
"Acho que há um risco (dele não ir), mas acredito que o bom senso de ambas as partes têm que prevalecer. Por tudo o que vivemos no Barcelona, temos que adotar a cautela para cuidar do assunto, mas estou tranqüilo quanto a isso", finalizou.