postado em 16/07/2008 18:06
Superado pela Grécia por 89 x 69 (40 x 30 no primeiro tempo) na rodada desta quarta-feira do Torneio Pré-olímpico Mundial masculino de basquete, o Brasil enfrenta a Alemanha, sexta-feira, às 9h30 (horário de Brasília), pelas quartas-de-final. Primeira colocada no grupo A, a Grécia enfrenta a Nova Zelândia no mesmo dia, a partir das 7 horas. Jogando com casa cheia no ginásio Olímpico pela primeira vez em Atenas, esta foi a segunda derrota brasileira para os gregos em menos de duas semanas. Segunda-feira da semana passada, no Torneio de Acrópolis, a Grécia venceu por 72 x 65. O retrospecto brasileiro contra a Alemanha em grandes competições é equilibrado, mas antigo. No Mundial de 1994, os alemães venceram por 96 a 76. Antes, nos Jogos Olímpicos de Barcelona-92, o Brasil havia levado a melhor por 85 x 76. A seleção brasileira precisa vencer a Alemanha se quiser continuar sonhando com a classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim. O Pré-olímpico Mundial é a última chance de obter vaga no torneio.
Garantem passaporte para a China as duas equipes vencedoras das semifinais, além daquela que ganhar o duelo entre as duas perdedoras. O basquete brasileiro já garantiu presença em Pequim com a equipe feminina. Já o masculino está fora das Olimpíadas desde os Jogos de Atlanta-96.
O jogo
Mantendo a base da partida de estréia, o Brasil conseguiu fazer um bom começo de partida acompanhando o ritmo grego, que não conseguiu mais de quatro pontos de vantagem no marcador. Os gregos investiram nos arremessos de longa distância para furar a defesa brasileira, que levava vantagem por 9 rebotes a 7. E foi com os arremessos de três pontos, que a Grécia conseguiu chegar ao fim da parcial na frente. Doze dos 18 pontos do time foram conquistados assim, sendo dois arremessos de Vasileiros Spanoulis, principal pontuador no período com 8 pontos.
O Brasil tentou responder com a mesma técnica, mas não foi feliz, convertendo apenas uma de quatro tentativas. Contudo, os brasileiros levaram vantagem nos lances livres, aproveitando o excesso de faltas dos europeus para garantir seis pontos assim. Alex marcou sete pontos e Splitter, seis e o Brasil seguiu a Grécia de perto, ficando apenas um ponto atrás no final do período (18 a 17).
Mais irregular no segundo quarto, o Brasil entrou no jogo grego e permitiu que os adversários construíssem uma vantagem incômoda. Moncho mexeu no grupo. Tirou Splitter para a entrada de Baby, sacou Huertas (com três faltas) e colocou Marcelinho, mas os problemas persistiram. Três erros seguidos no ataque e a Grécia abriu oito pontos de vantagem, elevados para 11 (36 a 25) a pouco menos de 2 minutos do final. O Brasil ainda diminuiu para seis pontos a desvantagem, mas desperdiçou oportunidades importantes no lance livre e foi para o intervalo perdendo por 40 x 30.
Para complicar, o pivô Murilo levou uma pancada na perna e não pode mais retornar ao jogo. Falhas ingênuas, desperdiços de arremessos e a vantagem grega disparou para 15 pontos (53 a 38) na metade do período e chegou a 16 no final da parcial (66 a 50). O Brasil conseguiu marcar 5 pontos até a Grécia fazer sua primeira cesta e retomar o ritmo. Persistindo nas jogadas para três pontos, a seleção também se comprometeu falhando muito nos lances livres.
O grupo de Moncho até foi melhor nos rebotes, mas abusou dos erros e desperdiçou 16 posses contra apenas cinco dos gregos. Graças à inconstância brasileira, a Grécia teve uma vitória tranqüila, mesmo sem apresentar seu melhor basquete e com direito a enterrada de Giorgos Printezis no último segundo.