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Brasil vai para o tudo ou nada contra Alemanha

Seleção Brasileira enfrenta os alemães pelas quartas-de-final do Pré-Olímpico Mundial e tem de vencer para manter as esperanças de se classificar aos Jogos de Pequim

postado em 18/07/2008 09:29
O sonho do basquete masculino brasileiro de voltar a disputar uma olimpíada, o que não acontece desde Atlanta-1996, pode acabar nesta sexta-feira (18/07) diante da Alemanha, nas quartas-de-final do Pré-Olímpico Mundial, em Atenas. Os canais ESPN Brasil (Net, MaisTV, Sky e DirecTV) e SporTV (Net e Sky) anunciam a transmissão da partida, às 13h30 (horário de Brasília). A frase do técnico Moncho Monsalve, que assumiu a Seleção verde-amarela com a missão de levar o time a Pequim, mostra o que significa o jogo desta tarde: ;Vamos colocar nossos desejos e nossas almas. Se ganharmos, e oxalá isso irá acontecer, teremos grandes chances de conquistar a classificação;. Mesmo com o otimismo do espanhol, não se pode esperar muito da Seleção montada por ele. Faltaram-lhe algumas peças-chave, como o armador Leandrinho e os pivôs Nenê e Anderson Varejão, jogadores da Liga Norte-Americana de Basquete (NBA), que alegaram contusões para pedir dispensa de equipe nacional. Sem esses atletas acostumados a confrontos de alto nível, restou a Moncho chamar os melhores que tinha à sua disposição para tentar conquistar uma das três vagas em jogo no Pré-Olímpico. Até que os brasileiros têm demonstrado garra, mas isso é pouco diante de seleções mais bem preparadas. O Brasil foi o segundo no Grupo A, vencido pela Grécia, enquanto a Alemanha ficou em primeiro no Grupo B. Poderíamos ter um time mais equilibrado, não fossem as atuações irregulares de Marcelinho Machado, principal atleta do Flamengo, campeão nacional e vice sul-americano deste ano. Em nível de clube, ele costuma acertar muitas bolas de três pontos, cavar faltas e ter um excelente aproveitamento dos lances livres. Mas, na Seleção ; pela qual conquistou o inexpressivo tricampeonato pan-americano (1999, 2003 e 2007), contra seleções desfalcadas de seus melhores jogadores ;, deixa a desejar. O capitão tem amarelado quando mais se precisa dele. Para complicar, o banco brasileiro faz a alegria dos adversários. Quando os titulares saem para descansar, é um deus-nos-acuda. Contra a Grécia, na quarta-feira, os suplentes marcaram apenas dois dos 69 pontos do Brasil. Os gregos deram um banho nesse quesito: ficaram com 35 dos 89. Com isso, Alex, Marcelinho Huertas, Marcelinho Machado e Tiago Splitter, sem ter com quem revezar, são obrigados a atuar até o limite de suas forças, estando ou não em um dia inspirado. O outro titular, JP Batista, lento e irregular, só está lá porque Varejão e Nenê não deram as caras. Baby x Nowitzki Além disso, a Seleção tem pecado no jogo coletivo. Contra a Grécia, foi mal nos rebotes defensivos, perdeu muitos lances livres e errou passes em demasia. Moncho disse que faltou concentração e quer melhorar a marcação. Por falar nisso, o instável pivô Baby, de 2,11m, deve ser escalado com uma tarefa difícil: segurar o ala-pivô Dirk Nowitzki, 2,13m. Para se ter uma idéia do poder de fogo de um dos melhores jogadores da NBA ; atua pelo Dallas Mavericks ;, ele fez 35 pontos na vitória por 89 x 71 sobre a Nova Zelândia. ;Ele se irrita facilmente. Acho que podemos pressioná-lo para que ele perca o foco;, arriscou Moncho. Se a estratégia der certo, a Alemanha terá dificuldades para encaixar seu jogo. Porém, caso deixe o craque deles jogar, com o auxílio do pivô Chris Kaman ; do Los Angeles Clippers, também da NBA ;, a Seleção dirá adeus à chance de ir a mais uma Olimpíada ; ficou fora de Sydney-2000 e de Atenas-2004. Os alemães também entram sob pressão. Vêm de jejum mais longo: sua última participação foi em Barcelona-1992.

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