postado em 29/07/2008 17:11
Um dos ápices da realização de uma Olímpiada, a cerimônia de abertura não contará com a presença das atletas da seleção brasileira feminina de vôlei, uma das favoritas à medalha de ouro. Como o time nacional estréia em 9 de agosto, pouco mais de 12 horas depois do início da festa, o técnico José Roberto Guimarães optou por poupar as atletas.
"Infelizmente não será possível a gente ir, porque a cerimônia começa às 8 horas da noite e a gente joga no dia seguinte contra a Argélia", afirmou o treinador, preocupado com o cansaço que a abertura pode causa nas jogadoras, visto que os atletas de cada delegação são obrigados a ficar muito tempo em pé.
Apesar de um pouco de lamentação, as jogadoras deixaram claro que concordam com a decisão. "Todo mundo gostaria de ir, mas não vai dar em consequência de um cansaço que pode ser acumulativo, afinal nós jogamos com a Rússia no segundo jogo. Vamos ver se, pelo menos, dá para ver pela TV", resignou-se a levantadora reserva Carol Albuquerque.
Jogadora mais nova do time, Thaísa também não se importa de ficar "trancada" enquanto a maior parte dos atletas está se divertindo. Tudo por um objetivo maior: a medalha olímpica. "O importante para a gente é jogar e ganhar e uma abertura a gente pode assistir pela TV. É mais importante ficar no alojamento se concentrando. Estar em Pequim já é um grande feito", destacou.
Indo para sua segunda (e provavelmente última) Olimpíada, Valeskinha só lamenta nunca ter conseguido a chance de aproveitar a festa - em Atenas-2004, a seleção nacional também se manteve longe das badalações.
"Eu queria ir, mas você está lá para outras coisas. No encerramento, muitos atletas já foram embora não é o mesmo", reconhece a ponteira/central. "Acho que no início (da abertura) você até está empolgada, mas depois começa a ficar muito tempo em pé com aquele monte de gente, secretário falando... demora", diverte-se.