postado em 05/08/2008 10:04
Shenyang (China) - Nos Jogos Olímpicos-2008, sobram voluntários e há boa vontade para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível. Mas a falta de experiência dos chineses com o cotidiano do futebol está incomodando a seleção brasileira.
"É um problema, tem essa dificuldade. Você fala com o chefe de cozinha para mudar o cardápio e tem que falar com o chefe dele, que fala com o chefe dele, que fala com outro chefe", esbravejou o técnico Dunga, que também reclama da falta de variedade na comida.
Todas as delegações do futebol em Shenyang estão concentradas no Marvelot Hotel, uma espécie de Vila Olímpica da modalidade. Os atletas se alimentam, inclusive, no mesmo restaurante.
Além de problemas na alimentação, Dunga também já reclamou do posicionamento dos voluntários em algumas áreas permitidas apenas a atletas. "Chegamos no vestiário aqui na China e havia 50 pessoas lá dentro. Aí começam a querer tirar foto, pedir autógrafos. Não dá", bradou o treinador.
O Brasil também viveu um momento inusitado nesta terça-feira. Por ordem dos organizadores, os jogadores só tiveram 45 minutos para realizar o trabalho de reconhecimento do Estádio Olímpico de Shenyang, local do jogo contra a Bélgica. Na seqüência, Dunga completou o treino em um campo anexo do local.
"O engraçado é que eu já tinha vivido uma situação parecida como jogador da Fiorentina. A gente começou a treinar em um campo e, depois de dez minutos, o treinador obrigou a gente a ir para dentro do estádio. O detalhe é que tivemos que passar no meio de mil torcedores quando o time estava brigando contra o rebaixamento", recordou Dunga. "Mas, no final, evitamos a queda da Fiorentina", encerrou o técnico.