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São Paulo e Palmeiras: unidos pelo Morumbi na abertura da Copa 2014

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A briga entre São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte para ganhar o direito de sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014 já começou. Nesta terça-feira, em evento promovido pelo Sinaenco (Sindicado de Arquitetura e Engenharia Consultiva) no Centro Britânico de São Paulo, a capital paulista mostrou suas armas.

Engenheiros, arquitetos e políticos expuseram seus argumentos e preocupações para tornar São Paulo a primeira cidade a receber os jogos do Mundial no Brasil. Dentre as personalidades presentes estiveram o engenheiro João Alberto Manaus, presidente do Sinaenco de São Paulo, José Roberto Bernascone, presidente Nacional do Sinaenco, Marcelo Branco, secretário de Infra-estrutura e Obras de São Paulo, e Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo.

Chamou a atenção no evento a junção de forças entre São Paulo e Palmeiras no afã de tornar a capital paulista a escolhida para receber a abertura do Mundial. Apesar de estar decidido a colocar sua futura Arena Multiuso como um dos palcos da Copa do Mundo de 2014, o Palmeiras mostrou que não irá se opor à realização da partida de abertura da Copa no Morumbi, casa são-paulina. Pelo contrário. Dará apoio ao co-irmão na briga contra outros postulantes à honra.

Responsável pelo projeto de reformulação do estádio Palestra Itália, Wladimir Rioli, presidente da Plurisport S.A, não ousou apontar a nova casa palmeirense como concorrente ao Morumbi. ;O melhor local para a abertura da Copa é o Morumbi. No caso do Palmeiras, o que queremos é colocar o estádio como uma das sub-sedes, até porque a capacidade aproximada do estádio será de 40 mil lugares;, argumentou Rioli.

Pelo lado tricolor, quem falou foi o arquiteto responsável pelas obras exigidas pela Fifa no estádio do Morumbi: Ruy Otake. Ele apresentou o cronograma das ações que serão feitas no estádio até julho de 2013, data em que está prevista a realização da Copa das Confederações no Brasil, e enumerou as diversas mudanças estruturais que serão aplicadas na modernização do Morumbi.

;Se o estádio fosse fechado, a adequação seria concluída em dois anos. Como não será, a adequação será distribuída por fatias, em torno de todo o estádio;, avisou. A principal obra prevista é a implantação de uma cobertura em torno de todo o estádio, exceto no campo de jogo:

;Ela será translúcida, ou seja, deixará passar a luz do sol naturalmente. Será cinza nas laterais e vermelha atrás dos gols, apoiadas em quatro suportes fora do estádio, para não interferir na estrutura já existente há quatro décadas;, explicou Otake, prometendo ainda uma nova e moderna área de imprensa, setores Vips e estacionamentos adequados para eventos de grande porte.

Só benefícios

Presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho acredita que o fato de São Paulo ganhar o direito de realizar a abertura da Copa, em decisão que sairá em março de 2009, elevará a auto-estima da cidade e só trará benefícios para a capital.

;Eu fui incumbido pelo governador José Serra e pelo prefeito Gilberto Kassab para encabeçar uma comissão e pensar na Copa de 2014. Nossa preocupação é também com a herança que deixaremos para São Paulo. Não queremos construir um Engenhão por R$ 300 milhões e depois arrendar por R$ 30 mil por mês, como foi o caso do Botafogo, por não haver outra alternativa;, discursou, alfinetando as obras do estádio que foi construído para as disputas dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro.

Assim como fizeram representantes de São Paulo e Palmeiras, o presidente da São Paulo Turismo também apontou o Morumbi como o palco ideal para abrir o Mundial de 2014. ;É o maior estádio da América do Sul e não existe qualquer outro projeto nesse sentido. O que existe aos montes no Brasil são maquetes. Todas maravilhosas, mas ainda não conheço o primeiro tijolo delas. O estádio do São Paulo é um grande projeto e precisa ser viabilizado. Ficaríamos com a abertura da Copa e o Rio de Janeiro com o encerramento e o Media Center (centro de imprensa);, antecipou-se Caio Carvalho.

Para o presidente da São Paulo Turismo, além das reformas que serão feitas no estádio, como a redução da capacidade para 62.800 lugares, a proximidade do Morumbi com grandes hospitais, rede hoteleira, aeroportos, grandes avenidas e da linha quatro do metrô, que terá uma estação a pouco mais de um quilômetro do estádio, são outros pontos favoráveis para ganhar a disputa pela sede.