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Prestigiada, seleção feminina chega e faz carreata em SP

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postado em 27/08/2008 15:33
Depois de quatro anos convivendo com a pecha de "amarelonas", a seleção brasileira feminina de vôlei conheceu o outro lado da moeda nesta quarta-feira (27/08). Depois de desembarcarem em Guarulhos, com direito a escolta de caças da Força Aérea Brasileira, as campeãs olímpicas concederam entrevista coletiva em um hotel próximo ao aeroporto de Cumbica. Mas a maratona ainda não terminou. Mesmo cansadas por conta da longa viagem que teve origem em Pequim e morrendo de sono por conta do fuso horário invertido, as jogadoras do selecionado verde-amarelo iniciaram a tarde passeando por alguns dos principais pontos turísticos da cidade de São Paulo. Em cima de um carro do Corpo de Bombeiros, elas seguirão pelo centro da capital, Avenida Paulista até chegarem ao aeroporto de Cumbica, de onde cada uma seguirá para sua casa. Do grupo de 12 jogadoras, apenas Carol Albuquerque, Mari, Paula Pequeno e Fofão devem ficar em São Paulo, além do técnico José Roberto Guimarães. "Depois do título em Barcelona foi exatamente assim que aconteceu, com desfile, reconhecimento do nosso trabalho e as pessoas se orgulhando de nós. A ficha está começando a cair agora porque lá da China, por mais que a gente acesse a Internet, não dá para ter nem idéia de como as pessoas ficaram felizes", declarou o técnico José Roberto Guimarães. Dezesseis anos atrás, ele era o comandante da seleção de vôlei masculina que conquistou nos Jogos de Barcelona a então inédita primeira colocação, primeira vez em que o Brasil também conquistou um ouro em uma modalidade olímpica coletiva. Na ocasião, ele não conseguiu manter a equipe no topo, ficando com o quinto lugar em Atlanta-1996. Agora, porém, ele prefere tomar um outro rumo. "A vitória foi extremamente importante, mas a vida continua. Essas jogadoras possuem consciência da responsabilidade delas", discursou o treinador. "Já experimentei os dois lados e temos que comemorar o ouro, mas sabendo que não pára por aí. Não podemos entrar no oba-oba, achar que somos os melhores do mundo, porque em algum lugar do mundo sempre vai ter quem treina mais do que nós", destacou.

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