postado em 07/09/2008 20:51
Nem Roger Federer, nem Novak Djokovic, o autor da maior façanha do tênis na atualidade é uma revelação britânica, Andy Murray, tenista escocês de 21 anos, que jogava futebol quando criança, e derrotou o número 1 do mundo, o espanhol Rafael Nadal, nas semifinais do US Open por 3 sets a 1 - com parciais de 6/2, 7/6 (7/5), 4/6 e 6/4, em 3h30 de duração -, de um jogo que começou no sábado e foi interrompido pelas fortes chuvas, reflexo do furacão Hanna.
Pelo mesmo motivo de mal tempo, a final do torneio masculino só será disputada nesta segunda-feira, às 18 horas de Brasília, quando Murray tentará outra surpresa: derrotar Federer, quatro vezes campeão em Nova York.
O impressionante no jogo de Murray foi o de realmente ter vencido com todos os méritos. Nadal jogou dentro de seu melhor nível, mas nem assim conseguiu evitar sua eliminação numa partida emocionante e repleta de jogadas geniais.
Murray chega pela primeira vez na carreira a uma final de Grand Slam e promete promover uma verdadeira revolução no tênis britânico, há muitos anos sem um campeão de Grand Slam - desde Fred Perry na década de 30.
"Vamos ver se amanhã (segunda) consigo minha segunda grande surpresa na competição", disse Murray, que é um dos poucos jogadores do circuito com retrospecto positivo diante de Federer Em três partidas, venceu duas. A última foi no início deste ano no Torneio de Doha, no Catar.
Murray, como praticamente todos os escoceses, não gosta de ser confundido com inglês. Diz que seu temperamento é diferente. E mostrou-se mesmo muito simpático e inteligente em suas declarações. No agradecimento já ganhou um ponto com a torcida norte-americana. "Este é o meu torneio preferido... desde os tempos de júnior", disse o britânico, que em 2004 foi campeão da chave juvenil do US Open. "A atmosfera nesta quadra (Arthur Ashe Stadium) é eletrizante. E para mim vai ser uma honra enfrentar Federer".
Nascido em 15 maio de 1987, em Dunblanc, Murray começou a jogar tênis muito cedo, com apenas quatro anos, levada pela sua mãe Judy, uma treinadora de sua cidade. Mas Andy, na verdade, gostava mais de futebol. Alto, com 1,90m, uma estatura pouco comum aos escoceses, com pouco mais de 10 anos começou a dedicar mais tempo ao tênis do que ao seu esporte predileto.
Seu desafio agora não será para poucos. Federer jogou como nos seus melhores tempos para eliminar o sérvio Novak Djokovic, na semifinal de sábado, e está em busca do 5.º título consecutivo do US Open. Será que Federer voltou?