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Brasil vence o Chile, garante emprego de Dunga e é vice-líder

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postado em 08/09/2008 00:12
Santiago (Chile) - O Brasil conseguiu acabar com toda a pressão que resultou da derrota para a Argentina nas Olimpíadas de Pequim em apenas uma partida. Ao vencer o Chile por 3 x 0 neste domingo (7/09), em Santiago, a seleção atacou como não costuma fazer sob o comando de Dunga, garantiu o emprego do técnico e pulou da sexta para a segunda colocação das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. Com a garra que cobrava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A campanha do Brasil, agora, é superior à da Argentina invejada por Lula, com os mesmos 12 pontos ganhos e três vitórias do arqui-rival, mas com um gol de saldo a mais. O Chile, somando 10, herdou a sexta colocação. As duas seleções voltarão a campo na quarta-feira. Enquanto o time de Dunga receberá a lanterna Bolívia no Maracanã, o de Marcelo Bielsa enfrentará a Colômbia novamente em casa.

Para derrotar o Chile, o Brasil contou com dois gols de Luís Fabiano, de cabeça e entre as pernas do goleiro Bravo, e um de Robinho, no final do primeiro tempo. Ronaldinho Gaúcho desperdiçou um pênalti. O destaque negativo foi Kleber, perdido em campo e expulso. O ex-palmeirense Valdívia também recebeu cartão vermelho. Deixou o gramado festejado pela torcida brasileira.

O jogo
A postura da seleção brasileira durante a execução do Hino Nacional era animadora. Luisão acompanhava a letra de olhos fechados, aos berros. Todos cantavam. Assim que a música acabou, Robinho deixou a fila, aplaudiu três vezes e disse quatro audíveis ;vamboras;.

Era impossível, no entanto, ganhar a partida no grito. O estádio Nacional estava lotado. A cantoria dos chilenos só cessou por um minuto, em respeitosa homenagem ao falecimento do técnico Luis Santibáñez. Quando o jogo começou, o entusiasmo local se refletiu dentro de campo.

O Chile do argentino Marcelo Bielsa era agressivo. Então principal referência ofensiva do time da casa, Alexis Sánchez exagerava na ousadia. Logo aos dois minutos, fintou Ronaldinho Gaúcho e errou o passe na seqüência da jogada. Em seguida, pedalou várias vezes na frente de Luisão, mas cruzou torto.

O Brasil apostava nos contra-ataques com seu trio ofensivo. Sempre que era acionado ou fazia um desarme no meio-campo, Robinho partia em velocidade e incomodava a defesa adversária. Luís Fabiano, vez ou outra, também assustava com chutes de fora da área. Ronaldinho Gaúcho destoava, errando muitos passes.

Mas foram os pés de Ronaldinho que originaram o primeiro gol do Brasil, aos 20 minutos. Ele cobrou falta na área, e Luís Fabinho desviou com a cabeça para as redes: 1 a 0. O jogador do Milan ainda poderia ter ampliado aos 34, em pênalti sofrido por Diego. Chutou no canto direito do goleiro Bravo, que defendeu.

Em desvantagem, Bielsa mandou a campo o ex-palmeirense Valdívia, substituto de Droguett. O Chile voltou a pressionar o Brasil, porém levou a pior no final do primeiro tempo. Aos 44, Luís Fabiano passou a bola para Robinho na entrada da área. O novo reforço do Manchester City bateu colocado, sem chances de defesa: 2 a 0.

Bielsa não se conteve no intervalo. Gastou suas últimas alterações de uma vez, com Cereceda e Beausejour nos lugares de Vidal e González. Já no primeiro minuto, uma alegria para o argentino: mal na partida, Kleber cometeu falta dura, recebeu seu segundo cartão amarelo (na etapa inicial reivindicou o primeiro, que o árbitro havia creditado a Luisão) e o vermelho.

Foi o fim do jogo também para Ronaldinho, escolhido por Dunga para tirar de campo e recompor a lateral esquerda com Juan. A diferença numérica de jogadores, entretanto, durou pouco. Aos 17, Valdívia foi imprudente e derrubou Josué e Luís Fabiano juntos em um só carrinho. Expulso, ouviu a torcida visitante gritar ;Valdívia é brasileiro; ao deixar o gramado.

O Chile se abateu com a saída do ex-palmeirense. O Brasil, então, não precisou se esforçar muito para confirmar o resultado positivo. Aos 37 minutos, quando a torcida chilena já deixava, calada, o estádio Nacional, a seleção marcou o terceiro gol. Aguerrido como exige Luiz Inácio Lula da Silva, Luís Fabiano brigou pela bola dentro da área e fechou o placar. E a Argentina que servia de exemplo para o presidente ficava para trás.

Ficha técnica: Chile 0 x 3 Brasil
Santiago (Chile) - FICHA TÉCNICA
CHILE 0 X 3 BRASIL


Local: Estádio Nacional, em Santiago (Chile)
Data: 7 de setembro de 2008, domingo
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Carlos Torres (Paraguai)
Assistentes: Manuel Bernal e Tiburcio Gauto, ambos do Paraguai
Cartões amarelos: Estrada, Beausejour, Sánchez, Carmona (Chile); Kleber, Diego, Luís Fabiano, Luisão, Gilberto Silva (Brasil)
Cartões vermelhos: Kleber (Brasil) e Valdívia (Chile)
Gols: BRASIL: Luís Fabiano, aos 20, e Robinho, aos 44 minutos do primeiro tempo; Luís Fabiano, aos 37 minutos do segundo tempo

CHILE: Bravo; Jara, Medel e Estrada; Vidal (Cereceda), Carmona, Fernández e Droguett (Valdívia); Sánchez, Suazo e González
Técnico: Marcelo Bielsa

BRASIL: Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e Kleber; Gilberto Silva, Josué e Diego (Elano); Robinho, Luís Fabiano (Jô) e Ronaldinho Gaúcho (Juan)
Técnico: Dunga

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