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Para Ricardinho, seleção é coisa do 'passado'

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postado em 10/09/2008 14:02
Ex-capitão da seleção brasileira masculina de vôlei, Ricardinho deixou o time nacional no passado. Pelo menos é o que garante o próprio jogador, que está iniciando uma nova fase em sua carreira no time italiano do Sisley Treviso. Depois de quatro temporadas no Modena, ele festeja o 'recomeço' ao lado do técnico brasileiro Renan Dal Zotto, um dos melhores amigos de Bernardinho. Ricardinho e Bernadinho se desentenderam às vésperas dos Jogos Pan-americanos de 2007, por motivos até hoje não totalmente esclarecidos. Desde então, o atleta, um dos principais da equipe desde que o treinador a assumiu em 2001, jamais voltou a ser convocado e cortou relações com todos os ex-companheiros. 'Assisti à semifinal e à final masculina das Olimpíadas de Pequim aqui na Itália', comentou Ricardinho, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. 'Vi os dois jogos, mas prefiro não comentar nada, não quero falar de seleção. Seleção para mim é coisa do passado. Não sinto falta, acho que isso faz parte, é um processo. Não sou um cara que fico pensando, remoendo coisas...', garantiu. Na última temporada de clubes, a primeira após o corte, Ricardinho atuou ao lado de três jogadores da seleção brasileira: Murilo, André Heller e André Nascimento, além de Sidão, eventualmente convocado. Agora, irá jogar ao lado de Gustavo, outro pilar da Era Bernardinho. 'Faz um ano e dois meses que não falo com ninguém. Mas nós somos profissionais', resumiu ex-capitão, sobre a relação com os compatriotas. O fato de não defender mais a camisa verde-amarela trouxe um benefício para o levantador: a oportunidade de ficar mais tempo ao lado da família. 'Sem a seleção, eu consegui ficar uns dois meses e meio em Maringá, em casa, o que eu adoro', comemorou o atleta, que se recuperou de uma fratura na mão. 'Agora voltei cheio de vontade de recomeçar. Agora é tudo novo, casa nova, vida nova, novos jogadores, gente que eu só conhecia de jogar contra. Esse time é praticamente uma seleção italiana, e eu estou muito contente', garantiu. Sobre a saída do time de Modena, clube com o qual tinha muita identificação, ele explicou que a equipe queria cortar custos. 'Eles pegaram um levantador novo, que precisava jogar. E comigo por lá ficava um pouco difícil. Modena me cedeu, e Treviso me abraçou rapidamente', comentou.

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