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Em ritmo de reestruturação, basquete brasileiro ainda teme recaída

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postado em 15/09/2008 16:24
Em meio a mais uma tentativa de resgate do basquete nacional com a criação da Liga Nacional de Basquete, o temor de uma recaída na iniciativa ainda não é totalmente descartado nos bastidores da modalidade. Após três anos de impasses entre clubes e Confederação Brasileira de Basquete (CBB), as agremiações formalizaram a Liga em julho, reunindo 20 times na terceira tentativa de unificação. A primeira com aval da Confederação. Na tentativa de 2005 com a Nossa Liga de Basquete, o inicio foi igualmente empolgado, mas a iniciativa acabou esvaziada pela debandada de vários clubes. "Isto pode acontecer", admite o técnico Hélio Rubens, um dos maiores entusiastas da associação de clubes. "Mas acho muito difícil porque houve um compromisso olho no olho de todos". O jogador Márcio Dornelles concorda com a existência do risco, mas também prefere ser otimista. "Pode ser que aconteça, mas não vamos ficar pensando nisso. Você tem de pensar sempre positivo, não deixar cair a motivação. Você não compra um carro pensando que ele vai dar problema, não é?". Mesmo com o histórico instável e da opinião de técnico e jogador, o presidente do Vivo/Franca, Francisco Sérgio Garcia, o Fransérgio, acha o perigo inexistente. "Não há risco de isto acontecer, esta Liga está muito bem direcionada. Os clubes viram que não adianta ficar separado", garante, comemorando o aparente fim das "vaidades pessoais". Apesar dos iniciais 20 clubes interessados em participar do torneio, quatro podem deixar o grupo mas, desta vez, não por discordância com as propostas da entidade. Trabalhando com o número ideal de 16 participantes, a Liga promete adotar critérios técnicos para confirmar os participantes de seu torneio. Para isto, os clubes precisam atender certas exigências básicas como condições financeiras (atestada pelo pagamento de uma taxa de inscrição) e participação nos respectivos estaduais. O Nacional da Liga está previsto para ser realizado de janeiro a junho do próximo ano. Com mais de duas décadas dedicadas ao basquete, Hélio Rubens considera a iniciativa o início de uma retomada no esporte. "Neste momento, estamos quebrando o galho", destaca. "Mas vamos chegar ao ponto de os clubes pedirem ao patrocinador o que precisam e não o contrário".

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