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Flexibilidade da seleção brasileira de vôlei fez Carol Albuquerque ficar na equipe

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postado em 16/09/2008 11:30
São Paulo (SP) - A atenção exigida pelo filho Matheus, de 4 anos, fez com que Carol Albuquerque cogitasse a hipótese de seguir os passos de Fofão e deixar a seleção brasileira feminina de vôlei após as Olimpíadas de Pequim. Porém, a necessidade de uma levantadora experiente no início de mais um ciclo olímpico aliada à flexibilidade de José Roberto Guimarães no comando do time nacional fez com que a atleta aceitasse o desafio de ser o 'coração' da equipe campeã olímpica. 'Até existia a chance de eu engravidar novamente, mas o principal motivo que fez eu pensar em parar era cuidar do meu filho. Porém, o Zé Roberto é super flexível neste lado e sempre permitiu tanto eu quanto a Paula, que também tem filho, chegasse, por exemplo, com um dia de atraso por conta de uma febre deles. E isso foi muito importante na minha decisão', comentou a atleta, que se reapresentou ao seu clube, o Finasa/Osasco, na manhã desta segunda-feira. Das 12 jogadoras que conquistaram a medalha de ouro em Pequim, apenas Carol e Paula Pequeno já possuem filhos. Eleita a melhor atleta de Pequim-2008, a ponteira teve Mel em 2006, poucos meses antes da disputa do Mundial. Ainda assim, conseguiu recuperar a forma física a tempo de participar da disputa, onde ficou como reserva a maior parte do tempo. De acordo com a levantadora, ela jamais precisou ser convencida a não sair da seleção brasileira, até porque essa possibilidade não passou de uma idéia. 'Acho que, antes da Olimpíada, isso saiu um pouco errado na imprensa. Aquele dia, eu falei que queria me dedicar mais à minha família, não que eu iria parar. Eu não diria isso em um aeroporto, embarcando para uma Olimpíada', argumentou. Carol comentou que ainda não teve tempo de convesar com a antiga titular Fofão sobre a 'transição' do cargo de levantadora ('Depois do torneio de Fortaleza foi uma correria'), mas pretende ter um papo em breve com a colega sobre a missão de dar continuidade a uma grande geração de atletas na posição. 'Não digo nem tanto pela Fernanda Venturini, mas sim pela Fofão, que foi campeã olímpica como titular. É sempre uma grande responsabilidade substitui-la, mas acho que no Grand Prix, eu segurei a onda legal', comentou. Durante os trabalhos da seleção nesta temporada visando Pequim, no mês de junho, Fofão machucou o joelho ao se chocar contra a líbero Fabi durante em um amistoso contra os Estados Unidos, futuro adversário na decisão do ouro. Por conta disso, ela ficou afastada até a terceira semana do Grand Prix, um período em que o time nacional disputou oito jogos, com apenas uma derrota para a então campeã olímpica China por 3 sets a 2 - há de se considerar, porém, o fato de que naquele momento o time verde-amarelo estar ainda no meio da fase de acertos táticos e no auge do trabalho físico, que acaba 'travando' um pouco o braço das atletas. Agora, Carol também terá a missão de ajudar no trabalho de dar mais rodagem às levantadoras que devem ganhar espaço da seleção brasileira, caso de Dani Lins, Fabíola e Ana Tiemi - esta última, sua companheira de no Osasco. 'A cada ano na seleção, eu dei uma crescida. Para levantadora, vale aquela coisa de quanto mais velha melhor porque precisamos de muita experiência internacional para ir pegando o feeling. Agora, o trabalho na seleção está zerado e somos a seleção campeã olímpica, o time a ser batido', lembrou. Finasa/Osasco - Antes de voltar a pensar em seleção brasileira, entretanto, Carol Albuquerque tem que se preocupar com o trabalho nos próximos meses junto com o time do Osasco, onde atuará com três companheiras de seleção: Paula Pequeno, Sassá e Thaísa. 'Já treinamos completas com o restante do grupo e neste final de semana já jogaremos um torneio importante, a Copa Brasil. Estamos também retomando a musculução, porque quase não fizemos na fase final da Olimpíada, e estamos pegando o ritmo aos poucos, de forma gradativa. Mas sempre queremos dar o máximo', discursou.

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